ELIMINAÇÃO

Seleção brasileira erra muito, leva 3 a 1 da China e está eliminada na Liga das Nações

Em 5 edições da Liga das Nações, o Brasil soma dois vices da competição

Jogadoras do Brasil e da China se cumprimentam em partida da Liga das Nações
Jogadoras do Brasil e da China se cumprimentam em partida da Liga das Nações. Foto: Divulgação - FIVB

Nada de revanche. Com muitos erros em todos os fundamentos, a seleção brasileira deu adeus ao sonho do inédito título da Liga das Nações de Vôlei com derrota por 3 a 1 diante da China. A equipe comandada por José Roberto Guimarães até fez um terceiro set gigante, mas não conseguiu segurar o poderio ofensivo das chinesas na parcial seguinte, de quem já havia perdido na estreia, e acabou eliminada nas quartas de final com derrota por 25/21, 25/20, 20/25 e 25/23 no College Park Center, em Arlington, nos Estados Unidos. Vice duas vezes, pela primeira vez a equipe nacional está fora até da disputa das medalhas em cinco edições.

A seleção brasileira até começou bem a partida, com aces de Thaisa, Kisy e Gabi. Mas faltava um melhor desempenho na defesa. O bloqueio demorou bastante para entrar em ação. Depois do 12 a 12, a seleção começou a cometer muitos erros, sobretudo na hora de colocar as bolas no chão, e acabou caindo por 25 a 21 ao não conseguiur virar as bolas.

O Brasil iniciou o segundo set prometendo reação, mas o máximo que conseguiu foi abrir 5 a 3. Com cinco pontos diretos, as chinesas viraram para 8 a 5, obrigando Zé Roberto a pedir tempo. Cobrou mais calma da equipe. Mas, diante de uma oponente cometendo poucos erros, a seleção jamais conseguiu reagir na parcial.

Até encostou em 18 a 16, porém, logo viu as oponentes abrirem quatro de vantagem novamente, com Gabi bloqueada. A nova parada de Zé Roberto de nada adiantou e em ataque do fundo, a China fechou em 25 a 20, abrindo enorme vantagem nas quartas de final

Desanimada, a equipe verde e amarela abriu o terceiro set já levando 2 a 0. Com ace de Wang – o primeiro das oponentes na partida -, a China fez 4 a 1 e, depois, emplacando pontos, 7 a 1 O tempo de nada serviu e com Thaisa bloqueada, a vantagem já era de seis pontos.

A reação que parecia impossível na parcial, começou com as chinesas “imitando” as brasileiras e cometendo algumas falhas até então raras. Com bloqueio simples de Gabi, a desvantagem caiu para 10 a 8, forçando as asiáticas a paralisarem a partida. O empate veio em saque de Macris: 11 a 11.

Depois de ganhar um ponto em desafio, Zé Roberto ainda viu Tainara, aposta no fim do segundo set, virar o set para 15 a 14. Gabi mandou para fora a chance de abrir dois pontos no contra-ataque. E depois a seleção parou no bloqueio duas vezes, com as chineses voltando ao comando do placar com 17 a 15. Nada de desespero, porém. Tainara empatou com dois pontos seguidos e depois foram as brasileiras a ficarem bem no set com Gabi cravando 20 a 18.

Com a confiança restabelecida, a seleção brasileira voltou para a partida ao fechar um set que começou todo errado e com 7 a 1 contra, por 25 a 20. Macris, com dois saques excelentes, fechou a parcial.

O serviço forte era o diferencial do Brasil. Mas as chineses respondiam com força defensiva e abriram 6 a 3 no quarto set com bloqueios e contragolpes. Gabi, com bola na risca, igualou a parcial em 11 pontos. As brasileiras cresciam no jogo e a disputa era equilibrada. A liderança veio em bloqueio de Diana: 15 a 14. Gabi errou duas vezes e China retomou a vantagem com 18 a 16.

O fim do set foi emocionante e tenso, com as duas seleções trocando pontos. Tainara tentou salvar uma bola ruim, mas parou no bloqueio e a China voltou a liderar o placar com 23 a 22. Zé Roberto pediu tempo e disse que “tem jogo”. Novo bloqueio e match point para as asiáticas. Gabi salvou o primeiro, mas o saque na rede decretou o fim do jogo.