Apagão: Ucrânia oferece ajuda e diz que ficou experiente após ataques russos
Ucrânia diz que pode contribuir para mitigar danos causados pelo apagão por causa da experiência na guerra

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (28), o governo da Ucrânia ofereceu ajuda aos países que foram afetados pelo apagão de dimensões continentais e disse que criou experiência no assunto em razão dos ataques russos nos últimos anos.
“Estamos prontos para compartilhar o conhecimento e a experiência, incluindo aqueles adquiridos durante os ataques sistemáticos da Rússia à nossa infraestrutura energética”, afirmou German Galushenko, minnistro de Energia da Ucrânia.
“Permaneceremos em contato próximo com nossos parceiros para maior coordenação”, complementou o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sibiha, que já contatou formalmente os governos da Espanha, Portugal e França.
O apagão na Europa
O apagão começou por volta das 12h no horário local, 7h no horário de Brasília. Afetou sobretudo regiões metropolitanas da Espanha e de Portugal, que evacuaram estações de metrô e prédios públicos em geral. Há relatos de que a falta de energia fez o trânsito ficar caótico nesses dois países.
Controladores de tráfego aéreo conta que os aviões “sumiram” das plataformas na medida em que o apagão se prolongava, porque as redes foram desconectadas. Redes telefônicas também perderam conexão, e ficou praticamente impossível contactar alguém por telefone.
Causas do apagão
A Redes Energéticas Nacionais, empresa responsável pela distribuição de energia em Portugal, afirma que o apagão que atinge parte da Europa nesta segunda-feira (28) foi causado por um evento atmosférico raro, ocasiado por variações extremas de temperatura no interior do país.
O apagão começou quando já era começo da tarde no continente europeu, e surgiu o boato de que o blecaute teria sido ocasionado por um ataque russo. A possibilidade foi ventilada pelo próprio ministro Adjunto e da Coesão Territorial português, Manuel Castro Almeida, em entrevista à emissora RTP 3.
Entretanto, essa hipótese perdeu força. O português Antônio Costa, presidente do Conselho Europeu, disse que “até o momento” não há indícios de que o transtorno tenha sido provocado por um ciberataque.
A empresa de distribuição de energia de Portugal disse também que pode levar até uma semana até que a restauração completa da rede elétrica seja concluída, ainda que o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, tenha dito que a expectativa é restaurar a energia “nas próximas horas”.
O apagão impedirá que os trens de longa e média distância sejam retomados na Espanha nesta segunda, escreveu o ministro dos Transportes e Mobilidade Sustentável, Óscar Puente, na rede social X, o que provavelmente deixará muitas pessoas retidas.