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Arqueólogos tomam decisão sobre área que pode esconder vestígios da ‘Arca de Noé’; veja

Estrutura foi identificada pela primeira vez em 1959

Arqueólogos tomam decisão sobre área que pode esconder vestígios da Arca de Noé Estrutura foi identificada pela primeira vez em 1959
Foto: Divulgação/Noah's Ark Discovered Project

Um grupo de arqueólogos do projeto Noah’s Ark Scans anunciou que vai escavar a área que pode esconder vestígios da lendária ‘Arca de Noé’, localizada no sítio geológico Durupinar, no leste da Turquia. O objetivo é aprofundar as investigações e reunir mais indícios sobre a possível existência da estrutura bíblica que, segundo o relato religioso, teria abrigado Noé, sua família e dezenas de espécies animais durante o dilúvio.

De acordo com o grupo, as escavações ainda não começaram porque são necessários levantamentos geofísicos, perfurações e planejamento cuidadoso antes da abertura do solo.

“O local fica em uma área de fluxo de terra ativo, com invernos rigorosos, então proteger a área é nossa principal prioridade. Nos próximos anos, nossos parceiros universitários turcos realizarão testes não destrutivos — como amostragem de solo e varreduras por radar — para determinar se as estruturas que detectamos são realmente feitas pelo homem ou formações naturais”, diz o comunicado do projeto.

O sítio de Durupinar fica próximo ao Monte Ararat e tem cerca de 157 metros de extensão. A estrutura foi identificada pela primeira vez em 1959, pelo capitão İlhan Durupınar, e desde então vem sendo estudada por diversos pesquisadores. Entre as décadas de 1970 e 1990, exploradores e cientistas chamaram a atenção mundial ao analisar o formato da formação, que se assemelha a um barco parcialmente enterrado.

Nos últimos anos, as análises se intensificaram. Testes feitos em 2014, 2019 e 2021 com tomografia de resistividade elétrica (ERT) e radar de penetração no solo (GPR) revelaram estruturas lineares subterrâneas incomuns, com ângulos retos e camadas diferentes das formações rochosas naturais, aumentando o interesse sobre o local.

Em maio de 2025, o projeto anunciou novas descobertas a partir de testes de solo e reanálises de varreduras anteriores. Segundo o comunicado, há “evidências convincentes de uma estrutura única, potencialmente artificial, sob a superfície”, o que reforça a hipótese de que o local possa, de fato, ter relação com a ‘Arca de Noé’.

As varreduras mostram um corredor central de 71 metros e estruturas angulares semelhantes a salas ou corredores, que se estendem até 6 metros de profundidade.

“A reanálise confirma o que suspeitávamos: essas não são formas aleatórias no fluxo de lama. A presença de corredores e estruturas semelhantes a salas aponta para uma origem artificial para o formato de barco”, afirmou Andrew Jones, principal pesquisador envolvido no estudo.

Testes de solo feitos em 2024 também identificaram que as amostras coletadas dentro da formação continham quase três vezes mais material orgânico do que as amostras externas — o que pode indicar resquícios biológicos ou artificiais antigos.

Para o cristianismo, a ‘Arca de Noé’ teria sido uma embarcação gigantesca que salvou a humanidade e os animais de um dilúvio há mais de 4.300 anos. Embora parte da comunidade científica veja a formação como uma anomalia geológica natural, os pesquisadores do Noah’s Ark Scans seguem confiantes de que estão diante de uma das descobertas arqueológicas mais intrigantes dos últimos tempos.