ANO QUE VEM

Boxeador Manny Pacquiao vai concorrer à presidência das Filipinas

Anúncio foi feito após críticas ao atual presidente Rodrigo Duterte

Boxeador Manny Pacquiao vai concorrer à presidência das Filipinas
Boxeador Manny Pacquiao vai concorrer à presidência das Filipinas (Foto: Reprodução - Facebook)

Depois de protestar contra a corrupção no governo e a relação do presidente atual presidente das Filipinas Rodrigo Duterte com a China, o boxeador e ídolo do esporte Manny Pacquiao disse que concorrerá à presidência das Filipinas no ano que vem. A informação é do The Guardian.

Um dos maiores boxeadores de todos os tempos e o único homem a deter títulos mundiais em oito divisões, Pacquiao aceitou a nomeação de seus aliados políticos durante a assembleia nacional do grupo que lidera no partido governista PDP-Laban (dissidentes da legenda do presidente), dias depois de um grupo rival nomear o assessor de longa data de Duterte, Christopher “Bong” Go, como seu candidato presidencial.

Esse mesmo grupo indicou Duterte para vice-presidente, uma jogada que os críticos chamaram de estratagema cínico para ele se manter o poder. Duterte está proibido pela constituição de concorrer a um segundo mandato de seis anos como presidente.

Go recusou, mas o grupo dissidente que apoia Pacquiao aumentou a distância com a base de Duterte

Christopher Go recusou a indicação, mas a divisão entre os grupos Pacquiao e Duterte aumentou. “Eu sou um lutador e sempre serei um lutador dentro e fora do ringue”, disse Pac Man, como também é conhecido no mundo do esporte. “Aceito sua indicação como candidato a presidente da República das Filipinas.”

Apesar de sua popularidade, Pacquiao está atrás dos líderes em pesquisas de opinião, como a filha de Duterte, Sara Duterte-Carpio.

Em julho, Pacquiao – que é senador desde 2016 – foi eleito líder do PDP-Laban, semanas depois de desafiar Duterte por sua posição com a China. O ex-boxeador, que já foi um aliado próximo do presidente, disse que mais de 10 bilhões de pesos (145 milhões de libras) em ajuda pandêmica destinada a famílias pobres não foram contabilizados.

Duterte, por sua vez, desafiou Pacquiao a dizer cargos públicos corruptos e provar que não estava apenas fazendo política antes da eleição. Já o atleta rebateu que houve prisão de funcionários corruptos do governo.