China filma chegada de soja brasileira e diz que não precisa dos EUA
China diz que pode prescindir das importações dos EUA porque tem outros parceiros comerciais

Uma rede oficial de comunicação da China divulgou um vídeo em que navios aparecem no litoral da China e depois descarregam várias toneladas de soja brasileira no porto de Ningbo-Zhoushan, próximo a a Gangzhou e Xangai. No vídeo, os chineses deixam claro que não precisam dos Estados Unidos para continuar a crescer.
“Depois que a China reduziu as compras dos Estados Unidos, navios com soja brasileira apareceram um atrás o outro”, afirmou um jornalista da plataforma Weibo. De acordo com a China, estão sendo desembarcadas 700 mil toneladas de soja brasileira no mês de abril, contra 530 mil em abril de 2024, um aumento de 32%.
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Poucas horas depois de sair o vídeo, Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento econômico no país, afirmou em entrevista coletiva que a China pode prescindir dos produtos agrícolas dos EUA, por dispor de outras fontes de suprimento e da produção interna.
“Não haverá muito impacto no fornecimento de grãos de nosso país mesmo que não compremos grãos e oleaginosas dos Estados Unidos”, disse Zhao. O mesmo valeria para minérios e gás.
China x EUA
As cenas de Ningbo-Zhoushan, um dos principais portos para soja na China, contrastam com imagens dos portos de Seattle e Los Angeles, veiculadas em mídia social americana nos dias anteriores.
Ambos são situados na costa oeste dos EUA e já apresentam queda no fluxo de carga, segundo veículos jornalísticos locais, depois que as tarifas impostas por Washington aos produtos manufaturados chineses inviabilizaram as importações.