Erupção solar mais forte do ano provoca apagão de rádio e pode afetar satélites; entenda
Caso nuvem de partículas e campos magnéticos atinja o planeta, poderá gerar uma tempestade geomagnética
A erupção solar mais forte do ano foi registrada nesta terça-feira (11) e provocou um apagão de rádio em parte da Europa e da África, além de levantar alertas para possíveis impactos em satélites e sistemas tecnológicos em todo o mundo. O fenômeno, classificado como explosão solar de classe X5.1, é o tipo mais intenso medido pelos cientistas e tem potencial para afetar comunicações aéreas, marítimas e de emergência, bem como sinais de GPS e radares.
De acordo com a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), a erupção partiu da mancha solar AR4274, uma das regiões mais ativas da superfície do Sol nas últimas semanas. O evento foi tão poderoso que provocou um blecaute de rádio por volta das 5h (horário de Brasília). Essa mesma mancha solar já havia emitido outras duas grandes explosões nos dias 9 e 10 de novembro, demonstrando um ciclo de alta atividade solar.
Agora, cientistas acompanham a possibilidade de uma ejeção de massa coronal (CME) — uma gigantesca nuvem de partículas e campos magnéticos lançada pelo Sol — que pode estar viajando em direção à Terra a quase 5 mil km por segundo. Caso essa nuvem atinja o planeta entre a noite desta terça e a quarta-feira (12), poderá gerar uma tempestade geomagnética intensa, capaz de interferir em sistemas elétricos e tecnológicos.
“Essas partículas são extremamente energéticas e raras. Desde 1942, apenas 75 eventos desse tipo foram registrados”, explicou a cientista espacial Steph Yardley.
A NOAA emitiu alerta de nível G3, que indica perturbações moderadas a fortes no campo magnético da Terra. Além dos riscos, o fenômeno pode proporcionar um espetáculo visual: auroras boreais poderão ser vistas em locais incomuns, como Pensilvânia, Iowa e Oregon, nos Estados Unidos.
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Mas o impacto não se resume à beleza do céu. A erupção solar pode provocar interferências em redes elétricas, falhas momentâneas em satélites e interrupções nos sistemas de navegação por GPS. Passageiros e tripulações de voos em rotas polares também podem ficar levemente mais expostos à radiação. Satélites em órbita baixa, especialmente os que sobrevoam os polos, devem enfrentar possíveis falhas elétricas temporárias.
Apesar de os cientistas ressaltarem que eventos como esse são cíclicos e esperados em períodos de pico solar, a intensidade da erupção solar mais forte do ano reforça a importância do monitoramento constante do clima espacial — um fator cada vez mais determinante na segurança das comunicações globais.
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