Estudo diz como seria se cometa 3I/Atlas caísse na Terra
3I/Atlas é o terceiro cometa interestelar registrado no no sistema planetário nesse século. Estudo foi conduzido por professor de Michigan
Um estudo conduzido por Darryl Seligman, professor assistente do Departamento de Física e Astronomia da Universidade Estadual de Michigan, definiu quais padrões são os mais prováveis em eventual colisão de um cometa interestelar (vindo de um outro sistema planetário), como o 3I/Atlas, com o planeta Terra. Estima-se que cerca de dez corpos como esse aterrissaram no planeta nos últimos 4,6 bilhões de anos, e, pelo menos por enquanto, é improvável que isso volte a acontecer.
O estudo, do qual fizeram parte também Dušan Marčeta, da Universidade de Belgrado, e Eloy Peña-Asensio, do Politecnico di Milano, concluiu que a velocidade mais provável para um objeto estar viajando em relação a nós no momento do impacto é de 72 km/s (ou 162 mil milhas por hora). Para se ter uma ideia de como são velocidades altíssimas, os asteroides, em órbitas solares, atingem a velocidades entre 11 km/s e 73 km/s.
Em razão de projeções feitas a partir da força gravitacional exercida sobre esses corpos, os pesquisadores sugerem que o risco maior de o impacto acontecer é perto da linha do Equador e na época do ano em que é inverno no hemisfério Norte (justamente na estação em que muitos habitantes de países do Norte buscam locais de latitude setentrional para passar as férias) ou na primavera.
Ao contrário dos asteroides ou cometas de origem terrestre, os cometas interestelares que se chocaram com a Terra ao longo da história causou fissuras que hoje são difíceis de se identificar. A maioria teria sido apagada por atividade tectônica ou efeitos atmosféricos e, como observam os autores, “distinguir morfologicamente crateras de impacto interestelares de crateras de impacto do Sistema Solar seria um desafio”.
Nos últimos anos, foram identificados três cometas interestelares passeando no nosso sistema solar: o 1I/’Oumuamua, em 2017; o 2I/Borisov, em 2019 e agora o 3I/Atlas.