Exército toma poder em país da África após prisão de presidente
Comunicado da deposição do presidente de Guiné-Bissau foi feito por uma junta de oficiais do Exército
Uma junta de oficiais do Exército tomou o poder em Guiné-Bissau, país da costa da África, em meio a relatos de que o presidente Umaro Sissoco Embaló foi preso. Os rumores da prisão se espalharam logo depois de se ouviram tiros em Bissau, a capital da nação, nesta quarta-feira (26), um dia depois do anúncio do resultado de eleições presidenciais bastante contestadas.
Em um comunicado lido na televisão estatal pelo porta-voz Diniz N’Tchama, os oficiais do exército disseram que haviam deposto o presidente Umaro Sissoco Embalo, suspendido o processo eleitoral, fechado as fronteiras e imposto um toque de recolher.
Pouco depois, Embalo confirmou à emissora France 24: “Fui deposto”.
Em comunicado, os oficiais do exército afirmaram ter formado o “Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem” e que ficariam responsáveis pela nação da África Ocidental até segunda ordem.
Esse é a apenas a mais recente turbulência institucional que afeta Guiné-Bissau, um país de dois milhões de habitantes que fica entre Senegal e Guiné e que, no continente africano, é conhecido por ser uma rota de transporte e de distribuição de cocaína com destino à Europa.
Ainda não está claro se os militares que assumiram o país tem o apoio de todos os braços das Forças Armadas. O comunicado do Exército afirmou que a decisão dos oficiais de assumir o poder foi uma resposta a um plano de desestabilização arquitetado por “certos políticos nacionais” e “conhecidos barões da droga nacionais e estrangeiros”, bem como uma tentativa de manipular os resultados das eleições.