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Hamas diz que libertará reféns na segunda-feira (13/10) e não governará Gaza depois da guerra

Grupo islamista governa Gaza desde 2007

(DA FOLHAPRESS) O Hamas libertará os reféns ainda mantidos em Gaza na segunda-feira (13) e não participará do futuro governo do território após a guerra, informou o movimento extremista à AFP neste domingo (12), terceiro dia do cessar-fogo com Israel.

“Segundo o acordo assinado, a troca de prisioneiros começará na manhã de segunda-feira”, disse à AFP Osama Hamdan, alto funcionário do grupo islamista que governa Gaza desde 2007.

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O acordo de trégua entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor na sexta-feira, inclui a troca dos últimos reféns —-vivos e mortos— restantes em Gaza por quase 2.000 palestinos detidos em prisões israelenses, incluindo 250 detidos “por razões de segurança nacional”.

Os dois lados devem agora negociar a implementação do plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra. O plano prevê que o grupo palestino se desarme e renuncie ao controle de Gaza após o fim do conflito.

No terceiro dia de cessar-fogo, alguns caminhões com ajuda humanitária cruzaram para Gaza neste domingo, mas moradores de Khan Yunis, no sul, relataram que alguns foram saqueados por pessoas famintas.

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“Não queremos viver na selva. Exigimos que a ajuda seja garantida e distribuída respeitosamente”, disse Mohamed Zarab. “Vejam a comida no chão”, acrescentou.

O plano de paz também prevê a substituição do exército israelense, em sua retirada de Gaza, por uma força multinacional composta por Egito, Catar, Turquia e Emirados Árabes Unidos, coordenada por um centro de comando liderado pelos Estados Unidos em Israel.

“Para o Hamas, governar a Faixa de Gaza é um assunto encerrado. O Hamas não participará de forma alguma da fase de transição, o que significa que abriu mão do controle da Faixa, mas continua sendo uma parte fundamental do tecido social palestino”, confirmou à AFP uma fonte.