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Idosa de 101 anos que sobreviveu à Segunda Guerra, ao câncer e à Covid-19 viraliza ao treinar duas horas por dia na academia

Iñaxi Lasa já encarou duas fraturas no quadril, mas nada a impede de seguir na malhação

Iñaxi Lasa Idosa de 101 anos que sobreviveu à Segunda Guerra, ao câncer e à Covid-19 viraliza ao treinar duas horas por dia na academia
Imagem: Redes Sociais

Uma idosa de 101 anos que sobreviveu à Segunda Guerra, ao câncer de mama e à Covid-19 chamou atenção nas redes sociais ao mostrar sua rotina pouco comum para alguém de sua idade: ela treina duas horas por dia na academia. A espanhola Iñaxi Lasa, de Beasain, ainda encarou duas fraturas no quadril e uma cirurgia ocular antes de adotar o hábito que a fez viralizar. Mesmo com tantas batalhas, ela segue firme no treino de força e em atividades que exigem bastante do corpo.

Segundo Iñaxi, o segredo para tanta vitalidade é simples: exercício diário — e muito azeite de oliva. Ela diz que prefere ser “a pessoa mais velha da academia” a viver em um lar de idosos. Mesmo convivendo com osteoartrite, doença que causa rigidez e dor nas articulações, a centenária não abre mão de nenhum dia de treino.

A rotina começou como uma brincadeira entre ela e o filho, mas virou hábito. Aos 94 anos, ela passou a frequentar a academia com foco em ganhar massa muscular, fortalecer os ossos e retardar o avanço de possíveis quadros de demência. “Antes disso eu já era ativa. Andava bastante, usava bicicleta ergométrica… mas ir para a academia foi a melhor decisão dos últimos anos”, contou.

No inverno, Iñaxi acorda às 8h, caminha quando o clima permite e segue para a academia acompanhada do filho. Lá, são duas horas de atividades focadas exclusivamente em musculação. “O treino de força me faz sentir viva, e também é ótimo para a mente”, afirma.

Estudos já mostraram que manter força muscular — principalmente nas pernas — reduz o risco de mortes por todas as causas, doenças cardíacas e até quadros de demência. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividades intensas.

Para Iñaxi, mexer o corpo é a melhor forma de envelhecer bem. Seu treino ativa todos os grupos musculares e contribui para a saúde cardiovascular, neuromotora e óssea, ajudando a evitar a perda muscular típica da idade. O exemplo já inspira muita gente: ela soma mais de 112 mil seguidores nas redes sociais.

A espanhola também credita sua longevidade à alimentação baseada na dieta mediterrânea, rica em vegetais, gorduras boas e carnes magras. “Ser ativo é o melhor, mas a alimentação também conta. Aqui temos muitas frutas e verduras. Quase não comemos açúcar ou farinha”, diz. O azeite de oliva, segundo estudos recentes, está entre os alimentos mais eficazes para reduzir o risco de morte prematura.

Viúva, mãe de um único filho e sem netos, Iñaxi quer motivar jovens e idosos a cuidarem do corpo desde cedo. “O importante é ter um objetivo. Não importa qual, nem o tamanho. A vida é luta diária, e a gente precisa seguir com determinação”, afirma.