eita

Imagens indicam mudança do cometa 3I/Atlas e Elon Musk fala em “destruição da humanidade”

Corpo celeste voltou a preocupar cientistas; saiba o motivo

Corpo celeste voltou a preocupar cientistas Imagens indicam mudança do cometa 3I/Atlas e Elon Musk fala em "destruição da humanidade"
Imagem: Ilustrativa/FreePik

As mais recentes observações do cometa interestelar 3I/Atlas reacenderam debates entre cientistas e até comentários de figuras públicas como Elon Musk, após novos registros revelarem alterações no comportamento do objeto — incluindo o crescimento abrupto da cauda e da coma durante sua passagem pelo Sistema Solar.

Mudança na cauda do 3I/Atlas

Imagens captadas pelo telescópio Gemini South, no Chile, mostram que a cabeleira — nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo — e a cauda do 3I/Atlas ficaram maiores e mais brilhantes. Isso indica que o cometa ficou mais ativo conforme se aproxima do Sol.

Os registros foram feitos em 3 de setembro, em um programa que aproximou estudantes da Universidade do Havaí do funcionamento do observatório. Embora a intenção inicial fosse analisar as cores do objeto, os pesquisadores perceberam também alterações nas partículas expelidas, diferente de registros anteriores.

Imagens mostram crescimento da cauda do 3I/Atlas – International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/Shadow the Scientist/NOIRLab

O fenômeno se repete em nova imagem feita na Itália, em 10 de novembro: a cauda aparece mais longa, definida e com atividade intensa, típica do aquecimento solar que rompe bolsões de gás e libera jatos de poeira para o espaço.

O 3I/Atlas é apenas o terceiro objeto interestelar já identificado passando pelo Sistema Solar — os anteriores foram ʻOumuamua (2017) e Borisov (2019).

Preocupação de cientistas e teorias que voltaram a circular

A maior atividade do cometa reacendeu não apenas o interesse científico, mas também especulações. Emissões de rádio detectadas pelo radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul, deram combustível para teorias conspiratórias.

O astrofísico Avi Loeb, de Harvard, sugeriu a possibilidade de origem artificial, como já afirmou no passado sobre ʻOumuamua. A Nasa, no entanto, foi direta: não há qualquer evidência de risco, tecnologia alienígena ou ameaça à Terra.

Cometa interestelar 3I/ATLAS, com a cauda já mais longa e definida. — Foto: The Virtual Telescope Project/Gianluca Masi

Astrônomos destacam que a órbita hiperbólica do 3I/Atlas garante que ele deixará o Sistema Solar após a passagem — e sem chegar perto da Terra. Medições indicam que ele viaja a 61 km/s, velocidade bem superior à necessária para escapar do campo gravitacional solar. A menor distância prevista do planeta é de cerca de 270 milhões de quilômetros, insuficiente até para ser visto a olho nu.

“Ele não representa risco algum”, diz Aster Santana, pesquisador da USP. “A trajetória é conhecida, bem calculada, e fica longe de qualquer rota de colisão.”

O que disse Elon Musk sobre o cometa

A onda de teorias e comentários tomou ainda mais força depois que Elon Musk comentou sobre o 3I/Atlas durante um podcast. O empresário foi questionado sobre a hipótese de que o objeto poderia ser uma espaçonave alienígena — algo que gerou memes e manchetes após internautas relacionarem a possibilidade à “destruição da humanidade”.

Musk, contudo, descartou qualquer cenário catastrófico:

  • disse que não há nada de alienígena no cometa;
  • explicou que a leve mudança de rota observada é resultado da liberação de gás, algo comum em cometas;
  • afirmou que elementos como níquel, citados em teorias, são materiais comuns em corpos espaciais;
  • concluiu reforçando que o 3I/Atlas é totalmente natural.

Sobre um possível impacto de um objeto desse porte com a Terra, Musk disse que uma colisão seria devastadora. “Seria como obliterar um continente inteiro. Talvez pior. Provavelmente mataria a maior parte da humanidade. Se não todos nós”, acrescentou, lembrando que não há qualquer indício de que o cometa possa atingir a Terra. Ufa!

Trajetória do cometa 3I/ATLAS pelo Sistema Solar. — Foto: NASA/JPL-Caltech

Novo objeto no espaço intriga cientistas: ‘diferente de tudo o que já vimos’

A cerca de 15 mil anos-luz da Terra, na mesma galáxia do nosso sistema solar, cientistas encontraram um objeto que eles classificam como ‘diferente de tudo o que já vimos’. Trata-se de um Continue lendo…