Jovem é condenada à prisão perpétua após flagra em Dubai; veja qual crime ela cometeu
Estudante de Direito de 23 anos é natural da Inglaterra
A estudante britânica de Direito Mia O’Brien, de 23 anos, foi condenada à prisão perpétua em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, após ser flagrada com 50 gramas de cocaína em seu apartamento. A pena, que equivale a pelo menos 25 anos de reclusão, inclui ainda o pagamento de uma multa de aproximadamente US$ 136 mil (cerca de R$ 740 mil).
O valor da droga apreendida foi estimado em R$ 18,5 mil. Segundo relatos da família, o julgamento ocorreu em árabe, idioma que Mia não compreende, e ela só foi informada oficialmente da sentença por meio de seu advogado. A jovem e mais duas pessoas presentes no local foram acusadas de tráfico de drogas.
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Mia estava em Dubai visitando amigos quando o caso ocorreu. A mãe, Danielle McKenna, afirmou que a filha nunca havia se envolvido com drogas e que o episódio foi um “erro estúpido”. Danielle relatou ainda que Mia está enfrentando condições extremamente difíceis na prisão central de Dubai, conhecida por superlotação, colchões no chão e relatos de violência e estupros frequentes.
Segundo a família, a penitenciária é chamada por alguns de “Alcatraz de Dubai” devido à severidade e rigor das regras impostas aos detentos.
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O caso de Mia O’Brien chamou atenção internacional e reacende debates sobre a rigidez das leis nos Emirados Árabes Unidos, especialmente em relação a drogas. No país, mesmo pequenas quantidades podem levar a punições severas, incluindo prisão perpétua
O governo britânico afirmou estar prestando assistência à família, que busca recursos legais para apelar da decisão e possibilitar uma eventual transferência da jovem para o Reino Unido.
Além disso, a mãe de Mia revelou que a jovem sente que sua vida foi completamente destruída. Estudante de Direito na Universidade de Liverpool, ela sonhava em seguir carreira como advogada ou procuradora, mas agora enfrenta um futuro incerto em meio às duras condições do sistema prisional de Dubai.
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A Justiça local deve analisar ainda neste mês uma apelação apresentada pelo advogado de Mia, na tentativa de reduzir a pena ou rever as circunstâncias da condenação.