Líder de seita, que diz ser Jesus, é acusado de manter menores como escravos sexuais em ilha nas Filipinas
Jey Rence B Quilario lidera o culto Omega de Salonera
Um líder de uma seita, que acredita ser a reencarnação de Jesus, está sendo acusado de criar um cenário apocalíptico nas Filipinas. Jey Rence B Quilario lidera o culto Omega de Salonera. De acordo com a entidade Save The Children “estupro, violência sexual, abuso infantil e casamento forçado foram perpetrados contra menores” que são mantidos numa ilha remota no país insular asiático. Estima-se que haja 1.500 crianças na localidade isolada na região de Surigao del Norte.
Na última sexta-feira (22/9), a Save the Children decidiu fazer campanha contra Quilario depois que o senador Ronald Dela Rosa acusou os líderes do grupo de usar membros do culto como “escudos humanos” e de manter um laboratório de metanfetamina num bunker subterrâneo perto de onde Quilario e outros importantes membros da seita vivem, contou o jornal britânico “The Telegraph”.

“Apelamos urgentemente ao governo, especificamente às nossas agências de aplicação da lei, para que conduzam investigações imediatas e completas sobre esses incidentes, garantam a proteção das crianças afetadas e levem os responsáveis à Justiça“, declarou Alberto Muyot, executivo-chefe da filial da organização nas Filipinas.
“Esta é uma história angustiante de estupro, violência sexual, abuso infantil e casamento forçado perpetrado contra menores por uma seita no município de Socorro. Estamos falando de mais de mil jovens nas mãos de um culto enganoso, cruel e abusivo. Crianças reais estão em perigo e o tempo é essencial. Não podemos, não devemos, desviar o olhar”, alertou a senadora Risa Hontiveros, presidente da comissão do Senado sobre mulheres e crianças
O culto começou como uma organização chamada Socorro Bayanihan Services, mas mudou seu nome em 2017 para Omega de Salonera quando se tornou um culto. Mais tarde, eles usaram um terremoto para atrair milhares de pessoas, alegando que aderir à seita apocalíptica era “a maneira de evitar a ameaça imponente da condenação eterna”.
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