Morre Miguel Uribe, presidenciável baleado durante comício na Colômbia
Um dos favoritos na corrida eleitoral do país foi baleado na cabeça em junho
O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe, baleado durante comício na Colômbia em junho deste ano, morreu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses internado. A morte foi anunciada por sua esposa, Maria Claudia Tarazona, e confirmada pela Fundação Santa Fé de Bogotá, onde ele estava hospitalizado desde o atentado.
Aos 39 anos, Miguel Uribe era um dos favoritos na corrida presidencial colombiana e neto de um ex-presidente. Ele também era filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín. O político foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna na noite de 7 de junho, enquanto discursava em um evento no bairro Fontibón, em Bogotá. O ataque aconteceu em meio ao clima de tensão política no país, que relembra os anos 1990, quando três candidatos à presidência foram assassinados durante a campanha.
Desde o atentado, Miguel Uribe passou por diversas cirurgias e chegou a apresentar melhora, mas sofreu nova hemorragia no sistema nervoso central no último sábado (9), entrando novamente em estado crítico. O hospital informou que os médicos “trabalharam incansavelmente” para salvá-lo, mas houve um “desfecho triste”.
Segundo a Procuradoria-Geral da Colômbia, o autor dos disparos seria um adolescente de 15 anos, apreendido no local com uma pistola Glock. Outras duas pessoas também ficaram feridas no ataque. Até o momento, seis pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento na ação.
O partido Centro Democrático, ao qual Miguel Uribe era filiado, classificou o atentado como “um ato de violência inaceitável”. O governo colombiano, a pedido do presidente Gustavo Petro, segue investigando o caso. O Itamaraty, em nota oficial, lamentou a morte do senador e repudiou “qualquer forma de violência” contra lideranças políticas.
O episódio reforça as preocupações com a segurança de candidatos na Colômbia às vésperas das eleições presidenciais marcadas para março de 2026, deixando o país em alerta máximo.