Policial de Buenos Aires é afastada após usar uniforme para gravar vídeos adultos
Investigação interna aponta que a conduta da policial comprometeu a imagem institucional e violou regras
(O Globo) Um escândalo abalou a Polícia da Cidade de Buenos Aires nas últimas semanas, após vir à tona que uma agente utilizava o uniforme da corporação para produzir conteúdo sexualmente explícito destinado às redes sociais. Assim que as autoridades tomaram conhecimento do caso, foi aberta uma investigação interna, e a policial acabou suspensa de suas funções.
Em vídeos divulgados no TikTok, no X e no site de conteúdo adulto OnlyFans, Nicole aparece em quase todas as cenas usando o uniforme oficial da força e interagindo com outras pessoas. Embora o TikTok proíba materiais sexualmente explícitos por suas diretrizes de comunidade, ela manteve esse tipo de conteúdo no OnlyFans.
Até então identificada apenas como Nicole V., a agente tinha três anos e três meses de serviço na Polícia da Cidade e foi afastada assim que o material inapropriado foi detectado. Em grande parte dos vídeos, ela aparece com peças do uniforme policial, segundo apurou o jornal La Nación junto a fontes da corporação.
@itsnicolehot ♬ original sound – XG Official
Investigação e descobertas
O caso ganhou ainda mais repercussão quando a policial entrou em licença médica. Seu processo foi então enviado ao conselho da Polícia Municipal, responsável por avaliar sua aptidão física e mental. Durante a apuração, foram encontrados vídeos nas contas @itsnicolehot e @itsoficialnicole. “Os vídeos mostram a policial jogando sinuca com outra pessoa, ambas usando o uniforme oficial sem qualquer insígnia de identificação”, afirmaram as autoridades.
Conforme relatório elaborado por seus superiores, a conduta “afeta significativamente o prestígio da instituição” e configura “uso indevido do uniforme e do equipamento policial designado”.
Diante disso, ficou determinado que o caso não se trata de liberdade de expressão, mas de preservação da ordem pública e respeito aos princípios da Segurança Pública previstos na Lei 5688.
Após a intervenção da Corregedoria e o encaminhamento do processo ao Gabinete de Transparência e Controle Externo, foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar. Em 16 de outubro, a policial foi colocada em regime de disponibilidade, ficando impedida de continuar no exercício da função.