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‘Prostitutas gordas’: misses são destituídas após xingarem concorrentes em vídeo

Julie Zitouni e Ainhoa Lahitete, misses das regiões de Provence e Aquitaine, perderam seus títulos

'Prostitutas gordas': misses são destituídas após xingarem concorrentes em vídeo (Foto: Reprodução)
'Prostitutas gordas': misses são destituídas após xingarem concorrentes em vídeo (Foto: Reprodução)

(Folhapress) As misses Julie Zitouni e Ainhoa Lahitete, representantes respectivamente das regiões francesas de Provence e Aquitaine, foram destituídas pela organização do Miss France, maior concurso de beleza da França. A decisão foi tomada depois da publicação de um vídeo em que as duas aparecem xingando outras concorrentes.

O comunicado oficial foi publicado nesta terça-feira (9). O vídeo teria sido gravado durante os bastidores da final do Miss France 2026, que aconteceu na noite do último sábado (6) e consagrou como vencedora a representante do Taiti, Hinaupoko Devèze, 23.

Enquanto Ainhoa critica a escolha das 12 semifinalistas, Julie intervém e dispara um insulto que desencadeou a crise. Elas teriam chamado as colegas de “grosses putes” —expressão que pode ser traduzida como “prostitutas gordas”, segundo apuração da AFP. As imagens viralizaram no domingo (7).

O comunicado do Comité Miss France, publicado em conjunto com os concursos regionais, aponta o comportamento das misses como “totalmente contrários aos valores que buscam promover” e reforça que uma representante regional deve ser “uma embaixadora de seriedade, respeito e responsabilidade”.

O texto afirma ainda que as jovens já pediram desculpas publicamente às candidatas mencionadas no vídeo. Ambas as ex-misses condenaram ainda a “onda de cyberviolência e assédio” que têm sofrido após a repercussão das imagens.

Em suas redes sociais, Ainhoa afirmou que o vídeo era para ser privado e que “aprovou comentários inaceitáveis feitos por outra miss”. Por sua vez, Julie disse que suas palavras foram “desajeitadas” e que não refletem sua real opinião sobre as demais concorrentes, alegando que usou a expressão como gíria, e não como insulto direto.

Um grupo de 30 candidatas participou da edição deste ano, e ainda não foi decidido se a vencedora vai defender o país no Miss Universo ou no Miss Mundo –a organização é credenciada a ambos os mundiais.

Ainda segundo a AFP, o episódio ocorre em um momento em que outras figuras públicas na França também enfrentam críticas por comentários depreciativos. Um vídeo privado divulgado na segunda-feira (8) mostra a primeira-dama do país, Brigitte Macron, chamando feministas que interromperam uma peça de teatro em Paris de “connes” —termo que pode significar “idiotas” ou “vadias”.

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