Terremoto em Mianmar: número de mortos ultrapassa 2.700
4.521 pessoas ficaram feridas e 441 seguem desaparecidas
O número de mortos no terremoto que atingiu Mianmar, no Sudeste Asiático, na última sexta-feira (28), subiu para 2.719, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (1º) pelo líder da junta militar do país, Min Aung Hlaing. A tragédia gerou grande comoção mundial, e as autoridades estimam que o total de vítimas possa ultrapassar 3 mil.
Impacto devastador
Além das mortes, o general informou que 4.521 pessoas ficaram feridas e 441 seguem desaparecidas, aumentando a gravidade da situação. O terremoto de magnitude 7,7 causou destruição em diversas regiões do país, e as equipes de resgate continuam os trabalhos para socorrer os afetados.
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Apesar do cenário desolador, uma mulher de 63 anos foi resgatada com vida nesta terça-feira em Naipidau, após passar 91 horas sob os escombros de um edifício que desabou durante o tremor, conforme informou a Associated Press (AP). Segundo especialistas, a chance de encontrar sobreviventes cai drasticamente após 72 horas do desastre.
Destruição e vítimas também na Tailândia
O tremor também foi sentido na Tailândia, onde causou o desabamento de um edifício em construção, soterrando vários trabalhadores. Até o momento, o balanço na capital tailandesa, Bangcoc, é de 21 mortos e 34 feridos, com dezenas de pessoas ainda desaparecidas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 10 mil edifícios foram destruídos ou severamente danificados no centro e noroeste de Mianmar, dificultando ainda mais os trabalhos de resgate e assistência às vítimas.
Ajuda humanitária e monitoramento da ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que conseguiu mobilizar ajuda humanitária sem bloqueios das partes envolvidas na guerra civil que assola o país desde o golpe militar de 2021. Segundo o coordenador humanitário da ONU em Mianmar, Marcoluigi Corsi, os recursos utilizados para as vítimas do terremoto vieram de estoques previamente destinados aos afetados pelo conflito armado.
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“Temos de pensar em reabastecer esses fornecimentos,” destacou Corsi, em declaração divulgada pela agência espanhola EFE. Ele também garantiu que existe um sistema de monitoramento para evitar desvios de ajuda.
As autoridades de Mianmar informaram que mais de 8,5 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo terremoto, e o número de vítimas pode continuar aumentando conforme os resgates avançam.
Diante da tragédia, Mianmar declarou uma semana de luto. Diversos países estão enviando ajuda ao país. A China contribuiu com US$ 13,9 milhões (R$ 80 milhões) em materiais de emergência, enquanto a Índia enviou equipes de busca e aeronaves com suprimentos. Os Estados Unidos prometeram US$ 2 milhões (R$ 11,5 milhões) em ajuda humanitária, e o Vietnã encaminhou mais de cem socorristas e US$ 300 mil (R$ 1,7 milhão) em assistência. Outros países, como Coreia do Sul, Tailândia, Rússia, Japão e Singapura, também ofereceram apoio financeiro e logístico para ajudar na recuperação do país devastado pelo terremoto.