ALERTA

‘Três coisas que não faço, sendo neurologista’: atitudes comuns que podem até causar AVC

O médico Baibing Chen faz posts de alerta para seus mais de 163 mil seguidores

'Três coisas que não faço, sendo neurologista': atitudes comuns que podem até causar AVC
'Três coisas que não faço, sendo neurologista': atitudes comuns que podem até causar AVC (Foto: Freepik)

(AGÊNCIA O GLOBO) – O neurologista Baibing Chen, da Universidade de Michigan, compartilhou um alerta com seus 163 mil seguidores no Instagram no @doctor.bing, dizendo três atitudes comuns que ele jamais realizaria para proteger a saúde do cérebro.

“Eu jamais usaria uma pistola massageadora no meu pescoço”, diz o neurologista no post. “Isso porque as artérias vertebrais e carótidas do pescoço são vulneráveis a danos causados pelas forças de repetitivas da pistola.”

Segundo o médico, o dano repetitivo pode aumentar o risco de ruptura de uma artéria, favorecendo a formação de coágulos sanguíneos, restringindo o fluxo sanguíneo e desencadeando um acidente vascular cerebral (AVC). Outro risco é que a pressão direta desaloje placas na parede da artéria, fazendo com que um coágulo se desloque para o cérebro e leve a um derrame isquêmico.

Outro costume para o qual o neurologista pede cautela é segurar o espirro.

“O espirro gera uma alta pressão interna, maior do que a pressão de um pneu de carro. Segurá-lo força essa pressão em áreas delicadas e pode levar à ruptura dos tímpanos, lacerações nos tecidos da garganta e até mesmo vazamento de ar para o peito. Em casos raros, o aumento repentino de pressão pode romper os vasos sanguíneos do cérebro, levando à hemorragia subaracnóidea ou sangramento intracerebral — especialmente em indivíduos com aneurismas ou artérias enfraquecidas”, afirmou.

Os principais sintomas de um AVC podem incluem fraqueza facial, com um lado do rosto caído, dificultando o sorriso; fraqueza nos braços, que afeta a capacidade da pessoa de levantar ambos os braços; e problemas de fala. O derrame é uma das principais causas globais de morte e incapacidade.

Por fim, o médico aconselha que as pessoas diminuam o volume dos fones de ouvido.

“Música alta não faz mal apenas para os ouvidos, mas também para o cérebro.

Combater a perda auditiva precocemente pode retardar o desenvolvimento da demência por vários anos, segundo um estudo publicado este ano. Especialistas acreditam que até um terço dos casos de demência podem ser atribuídos à perda auditiva.

“Isso ocorre porque, quando o cérebro tem dificuldade para processar o som, ele realoca recursos da memória e do pensamento, aumentando o declínio cognitivo”, explicou Chen. “Sons acima de 85 decibéis, semelhantes ao tráfego urbano, podem causar danos ao longo do tempo, enquanto a exposição a mais de 100 decibéis, como um show ou fones de ouvido no volume máximo, pode causar perda auditiva permanente em apenas 15 minutos.”