Trump diz já ter tomado decisão sobre Venezuela, mas não revela o que fará
Declaração de Trump foi dada um dia após secretário de Guerra dos EUA anunciar operação militar na América Latina
Em entrevista para imprensa norte-americana a bordo do avião oficial da Presidência dos Estados Unidos, o Air Force One, o presidente Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (14) já ter tomado uma decisão sobre o que fazer com a Venezuela, mas disse que não pode revelar o que fará.
Um dia antes, o secretário de Guerra dos EUA, Peter Hegseth, anunciou o lançamento de uma operação militar chamada “Lança do Sul”, que teria o propósito de combater o que ele chamou de “narcoterroristas” e proteger o país das drogas.
O governo norte-americano classifica o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como um desses narcoterroristas por supostamente liderar um grupo que atua no tráfico, chamado Cartel de los Soles.
A gestão Trump ainda não revelou quais são exatamente os alvos da operação Lança do Sul, mas confimou que ela será realizada por um comando militar responsável por ações no Caribe e na América Latina. A imprensa constatou a movimentação cada vez mais intensa de navios e aviões perto da costa venezuelana, o que pessoas próximas a Maduro consideram um ato preparatório para uma invasão.
Segundo o jornal “The Washington Post”, Trump, Hegseth e militares de alta patente discutiram potenciais ações militares na Venezuela a portas fechadas na Casa Branca nos últimos dois dias. Apesar de ter estacionado navios de guerra perto do litoral do país e ter atacado barcos supostamente usados para transportar drogas, nenhum ataque direto foi feito ao território venezuelano.
President Trump ordered action — and the Department of War is delivering.
— Secretary of War Pete Hegseth (@SecWar) November 13, 2025
Today, I’m announcing Operation SOUTHERN SPEAR.
Led by Joint Task Force Southern Spear and @SOUTHCOM, this mission defends our Homeland, removes narco-terrorists from our Hemisphere, and secures our…
Também nesta sexta-feira, Maduro pediu apoio para “o povo dos Estados Unidos” para “parar a guerra” em um discurso televisionado no país.
“Parem a mão de quem quer que ordene os bombardeios e a guerra no Caribe”, disse Maduro.
O presidente da Venezuela também pediu para que o Tribunal Penal Internacional e a ONU ajam para evitar conflitos na região.
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