Valor estimado das joias roubadas no Louvre é revelado pelas autoridades; veja
Peças roubadas fazem parte de um dos conjuntos mais valiosos do acervo francês
As autoridades francesas finalmente revelaram o valor estimado das joias roubadas no Museu do Louvre, em Paris, após o assalto que chocou o mundo da arte e da cultura no último domingo (20). Segundo a promotora Laure Beccuau, responsável pelo caso, o crime foi uma das ações mais ousadas das últimas décadas e levantou sérias dúvidas sobre a segurança do museu mais famoso do planeta.
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De acordo com Beccuau, o conjunto de peças levadas — formado por colares e adornos pertencentes a rainhas e imperatrizes do século XIX — está avaliado em cerca de € 88 milhões, o equivalente a R$ 550 milhões. “O curador do Louvre estimou os danos em 88 milhões de euros, uma quantia extremamente impressionante”, afirmou a promotora à rádio RTL. Apesar do impacto financeiro, ela ressaltou que o verdadeiro prejuízo é de natureza histórica, já que os objetos possuíam valor patrimonial incalculável.
Entre as joias roubadas do Louvre, estão o colar de safiras das rainhas Maria Amélia e Hortênsia — composto por oito safiras e 631 diamantes — e o colar de esmeraldas da Imperatriz Maria Luísa, feito com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes. As peças integravam a prestigiada galeria Apollo, uma das mais visitadas do museu, dedicada às joias da coroa francesa.
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O roubo no Louvre ocorreu em plena luz do dia, por volta das 10h, quando quatro ladrões invadiram o local utilizando uma escada de um elevador de móveis para acessar uma janela no primeiro andar. A operação durou apenas sete minutos, tempo suficiente para levar oito joias napoleônicas sem serem interceptados pelos seguranças. O museu foi fechado logo após o assalto e segue sem previsão de reabertura.
O presidente do Louvre, Laurence des Cars, deverá prestar esclarecimentos nesta quarta-feira (23) ao parlamento francês, detalhando as medidas de segurança existentes e as falhas que permitiram a ação. A ministra da Cultura, Rachida Dati, defendeu que “o sistema de segurança do museu não falhou”, mas admitiu que parte do orçamento será destinada a reforçar a vigilância e modernizar o circuito de câmeras.
A Brigade de Répression du Banditisme (BRB), unidade de elite da polícia francesa, conduz as investigações sobre o roubo das joias no Louvre, com apoio do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais. Entre os vestígios encontrados no local estão um colete com DNA, motocicletas abandonadas e uma placa falsa, além de uma das joias — uma coroa que pertencia à Imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III.
Apesar da ousadia da ação, as autoridades acreditam que há boas chances de recuperar parte das joias. “Os criminosos não lucrariam € 88 milhões se tivessem a péssima ideia de desmontá-las. Talvez possamos esperar que não as destruam sem motivo”, afirmou a promotora Laure Beccuau.