Eleições em Goiás

Apenas dois deputados estaduais de Goiás não são pré-candidatos em 2018

Dentre os 41 deputados estaduais de Goiás, 35 devem concorrer à reeleição no pleito de…

Dentre os 41 deputados estaduais de Goiás, 35 devem concorrer à reeleição no pleito de 2018. Apenas dois deles não vão se candidatar a nenhum cargo público, enquanto outros quatro buscam novas cadeiras como senadores ou deputados federais.

Francisco Júnior (PSD), José Nelto (Podemos) e Lincoln Tejota (PROS) são pré-candidatos a deputado federal. Já Luís César Bueno (PT) concorre ao Senado Federal. Os peessedebistas José Vitti, atual presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e Marquinho Palmerston, estão fora da disputa. Todos os demais 35 parlamentares vão concorrer de novo ao cargo de deputados estaduais.

O professor e pesquisador de Comunicação Política e Marketing Eleitoral da Pontifícia Universidade Católica (PUC Goiás), Luís Carlos do Carmo Fernandes, explica que não há nada novo nas tentativas de reeleição. “O que há de novo, nesse ano, é um profundo descrédito em relação aos políticos tradicionais, ou seja, os que já são políticos há mais tempo”, disse. Por isso, ele acredita que o cenário de 2018 possa trazer uma dificuldade para os que buscam a reeleição , e mais ainda para os que buscam outros cargos maiores.

Um dos motivos pontuados por Luís Carlos são as campanhas massivas em redes sociais sobre a atuação dos parlamentares e seus votos em decisões importantes, o que direciona o olhar dos eleitores. “Tem até um grupo, agora, que faz campanha para não reeleger ninguém. Eu acho que esses fatores acumulados e a insatisfação geral da população tendem a dificultar”, explica.

O pesquisador ainda diz que os estudos mostram que quanto maior a insatisfação econômica e política da população, maior a existência de votos brancos, nulos e abstenções. “Eu acho que nessas eleições ficamos na faixa de 40% de nulos, brancos e abstenções”, aposta.

Ele ainda explica que isso vai prejudicar muito os candidatos que buscam a reeleição. “Eu acho que um dos fatores que eles devem se preocupar é em garantir os eleitores que tiveram nas eleições passadas, para que eles votem. Porque se perderem esse capital político acumulado que eles têm, vão ter muita dificuldade de conquistar novos eleitores”, finaliza.

Esse comportamento dos eleitores já foi notados na eleição para escolha do governador suplente no estado do Tocantins. No segundo turno foram 30,14% de abstenções e 19,9% dos votos brancos e nulos. Ou seja: 443,4 mil pessoas não contribuíram com os votos válidos no estado.