Bolsonaro diz que Barroso “intimidou muita gente” e evitou que voto impresso fosse adiante
A fala foi durante entrevista coletiva na clínica, localizada em um condomínio de luxo, onde realiza tratamento dentário estético em Goiânia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a contestar as urnas eletrônicas e acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de intimidar pessoas para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso fosse adiante. As falas foram proferidas em Goiânia, na manhã deste sábado (15).
“O que devemos fazer? Não como o ministro Barroso que foi para dentro da Câmara dos Deputados e intimidou muita gente. Evitou que uma PEC que tratava do voto impresso fosse adiante. Tanto é que no dia seguinte à sua ida à Câmara, os líderes, com seus respectivos motivos, inconfessáveis, decidiram mudar seus membros nas comissões, de modo que o projeto desse os primeiros sinais de derrota”, salientou.
Durante entrevista coletiva em uma clínica odontológica localizada em um condomínio de luxo, onde realiza tratamento dentário estético em Goiânia, Bolsonaro ainda disse que foi condenado por colocar em xeque as urnas eletrônicas, mas que outras pessoas, inclusive com mandato, também o fizeram.
“Eu tive acesso ao inquérito de 2018 [sobre as urnas eletrônicas] e o divulguei em uma live em uma reunião com embaixadores, fato esse que me levou à perda dos direitos políticos. Ou seja, eu sou condenado por inquérito que vocês não podem ter conhecimento. Isso acontece na Venezuela, na Coreia do Norte, em Cuba, na Bolívia. Isso vem assustando países que até pouco tempo eram democráticos e agora não são mais”