O QUE SERÁ, PRESIDENTE?

Bolsonaro diz que nos próximos dias ‘algo vai nos salvar’ e insinua ditadura

Afirmação do presidente aconteceu em conversa com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada

Bolsonaro escolhe genro de Roseana Sarney para tribunal
Bolsonaro escolhe genro de Roseana Sarney para tribunal (Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil)

Durante conversa com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada na última quinta-feira (10/02), Jair Bolsonaro insinuou uma ditatura e afirmou que “nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar.” A fala do presidente ocorreu em um tom enigmático e sem muitos detalhes.

Ainda conforme o diálogo, o presidente disse que, atualmente, o Brasil vive uma “ditatura da caneta”, se referindo ao Judiciário. “Qual a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela, em outros países, de uma ditadura que vem pelas canetas. Qual é a diferença? Nenhuma. Vocês sabem o que está acontecendo no Brasil. Eu acredito em Deus, mas nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil. Tenho certeza disso”, disse o presidente.

O comentário de Bolsonaro aconteceu após um apoiador oferecer uma oração para que o chefe do Executivo fosse curado de uma obstrução intestinal, motivo que o levou a ficar internado no hospital no começo do ano. Ele não precisou ser submetido a cirurgia.

Bolsonaro vive embate com Poder Judiciário

Vale ressaltar que o presidente viveu, desde o início da pandemia, alguns embates com o Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente com o ministro Alexandre de Moraes. O último dele foi quando descumpriu uma medida da terceira instância, que o ordenava ir prestar depoimento na Polícia Federal sobre o vazamento da investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ataque hackers em urnas eletrônicas.

Bolsonaro teria entrado com recurso 11 minutos antes do horário marcado para o depoimento, que estava marcado para o último dia 28 de janeiro. No recurso apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, a Advocacia Geral da União (AGU) pedia para que, se não houvesse reconsideração da determinação de Bolsonaro depor, o caso fosse levado ao plenário do Supremo.

*Com informações do Correio Braziliense