Câmara de Aparecida nega que comprou iPhones para vereadores: ‘são emprestados’
Casa afirma que não houve compra, mas renovação de um contrato que existe desde 2013 para empréstimo dos aparelhos

Com a disponibilização de iPhones para vereadores da Câmara de Aparecida e o início de uma polêmica, o Mais Goiás procurou a Casa para esclarecer acerca dos aparelhos. Murilo Vicente Leite, diretor de Licitação do parlamento aparecidense, afirmou que não houve a compra, mas um contrato de planos de telefonia no valor total de cerca de R$ 214,2 mil para 30 meses de duração, que também incluiu smartphones Android.
“Não houve compra de celular. A câmara tem contrato de linha telefônica para os vereadores desde 2013, então, agora foi feita uma renovação do contrato através de uma ata de registro de preço e tem entrega de aparelhos, tipo 1 e tipo 2. São aparelhos padrão que atendem tanto Android quanto iOS para os vereadores. Então, eles vão ter que devolver os telefones atuais, devolver para a TIM, porque já estão defasados, e vão receber outros telefones. São emprestados pela TIM.”
Vale lembrar que, em março deste ano, o Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou com um pedido de suspensão da compra de 25 iPhones modelo 16 Pro Max 512 GB para os vereadores. À época, o órgão recebeu a informação que o Legislativo havia instaurado o Pregão Eletrônico nº 3/2025, para comprar os celulares, com preço unitário estimado em R$ 11.743,60, a serem destinados aos membros da Casa, sem qualquer justificativa idônea para tal aquisição, totalizando R$ 293.590.
O contrato foi assinado em junho e prevê 25 iPhones com planos com 40 GB de internet e ligações ilimitadas, mais seis celulares Android com planos de 30 GB de internet e ligações ilimitadas. A previsão de uso é para 25 linhas. Os números foram revelados pelo Folha Z. A Câmara afirma que não há número exato de cada aparelho.
Nota da Câmara:
“A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia informa que a adesão à Ata de Registro de Preços n.º 03/2025 visa à contratação de serviço de telefonia móvel corporativa com acesso à internet, contemplando também a disponibilização de aparelhos celulares em regime de comodato – ou seja, sem aquisição definitiva de equipamentos. Essa modalidade representa um modelo mais econômico, prático e vantajoso para a administração pública, além de eliminar custos indiretos relevantes, como aquisição, manutenção, substituição por obsolescência, logística reversa e descarte de equipamentos. Isso reduz encargos operacionais, administrativos e ambientais da Câmara.”