LEGISLATIVO

Câmara de Goiânia retoma sessões com confusão entre vereadores

A Câmara Municipal de Goiânia teve sua primeira sessão do semestre realizada nesta terça-feira (10).…

Câmara de Goiânia retoma sessão com bate-bocas e acusações
Câmara de Goiânia retoma sessão com bate-bocas e acusações - Foto: reprodução

A Câmara Municipal de Goiânia teve sua primeira sessão do semestre realizada nesta terça-feira (10). Foi marcada por bate-boca e acusações a secretários municipais, o que gerou reações da base aliada ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Além da confusão, a Casa ficou sem água por conta de um problema que persiste há dias, relacionado ao abastecimento insuficiente.

Santana Gomes (PRTB), subiu à tribuna e acusou o secretário de Saúde, Durval Pedroso, de tentar “roubar” R$ 37 milhões, em referência ao pregão eletrônico feito pelo Paço para contratar empresa para aplicar até 1 milhão de doses de vacina contra a Covid-19.

Já na defesa, o líder do governo na Casa, Sandes Júnior, e o vereador Clécio Alves (MDB), disseram que são acusações sérias e até mesmo “gravíssimas” e pediu para que o colega parlamentar trouxesse as “informações pertinentes ao roubo de quem roubou, e ao roubo de quem pretende roubar”, disse Sandes.  Clécio chegou a afirmar que cabe processo sobre as falas de Santana contra o secretário.

As falas também chegaram a ser repercutidas por Kleybe Morais (MDB), e geraram reação da vereadora Gabriela Rodart (DC), que propôs a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para averiguar a questão.

O vereador Santana Gomes, também criticou o secretário  de Saúde por vídeo em que aparece comentando casos de mães lactantes que pedem prioridade na vacinação contra a Covid-19. O vereador passou o vídeo na sessão e gerou reação da vereadora Aava Santiago (PSDB).

Mais bate-boca

Clécio Alves estava em defesa dos citados quando disse que também tinha sido investigado pelo Ministério Público quando foi presidente da Câmara porque “o ex-vereador que hoje é assessor de vereador ficava me denunciando covardemente.” “Covarde, covarde”, repetiu durante a fala, que era uma referência ao ex-vereador Djalma Araújo, atual assessor do vereador Mauro Rubem (PT), e que estava na área da imprensa, ao lado do plenário, e falou “covarde é você”,  áudio que vazou na transmissão da sessão.

Clécio começou a bater na tribuna e gritar para que a Guarda Civil Municipal o retirasse das imediações do plenário. Djalma foi defendido por Mauro Rubem, que não permitiu a expulsão. Clécio continuou proferindo ofensas. Logo depois, o presidente Romário Policarpo (Patriota), que não estava na mesa no início da discussão, interveio para acalmar os ânimos.

A sessão contou ainda com bate-boca entre os vereadores Kleybe Morais e Leandro Sena (Republicanos). O primeiro afirmou em tribuna que Sena o orientou a ter cuidado com o secretário de Governo, Arthur Bernardes, que teria influência em uma emissora de televisão da capital.