POLÊMICA

Câmara pode apreciar veto à mudança de nome da Castelo Branco nesta terça – empresários protestam

Empresários ligados ao Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas) protestaram mais uma…

Empresários protestam contra mudança da Avenida Castelo Branco
Empresários protestam contra mudança da Avenida Castelo Branco (Foto: Reprodução)

Empresários ligados ao Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas) protestaram mais uma vez contra a mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado, na manhã desta terça-feira (22). Eles alegam que a alteração pode gerar prejuízos e causar confusão aos lojistas da região.

Clécio Alves (MDB), autor do projeto que prevê a homenagem ao ex-prefeito, usou a tribuna e solicitou a bancada do partido para que vote a favor da derrubada do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto. Ele taxou o veto de “esquizofrênico” e fez um discurso cheio de críticas aos empresários.

“Estamos falando do maior líder político deste Estado. É do homem que construiu Goiânia. Quando apresentei o projeto, 32 vereadores assinaram. Quem assinou, foi por espontaneidade. Se os 32 falassem que não iriam assinar, jamais apresentar. Estão querendo humilhar na memória do maior líder de Estado. Mudar o nome para Agrovia pode, para colocar o nome de Iris não pode”, criticou.

O vereador ainda usou as palavras “escarrar”, “cachorro”, “covardes” e “vermes” para classificar vereadores que voltaram atrás na decisão de derrubar o veto. A claque composta por empresários, que estava na galeria da Câmara Municipal, vaiou o vereador.

Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) derrubou o veto do prefeito com apenas o voto do  vereador Pedro Azulão Jr (PSB) contrário.

Nome de Castelo Branco faz referência à ditadura militar

É bom lembrar que a via homenageia Humberto de Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura militar brasileira, escolhido de forma indireta, em 1964, após um golpe civil-militar. Iris Rezende teve seu mandato cassado pelo regime, em 1969, após o Ato Institucional número 5 (AI-5), e seus direitos políticos suspensos.

PGM argumentou que nome só poderia ser alterado com manifestação de moradores

A Procuradoria-Geral do Município orientou discurso de Rogério Cruz para que a mudança de vias públicas aconteça somente mediante apresentação, discussão, votação e aprovação da maioria dos moradores da região.