POLÍCIA FEDERAL

Carla Zambelli é intimada a depor na PF sobre atos de 7 de setembro

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi intimada a depor na Polícia Federal (PF) sobre…

Carla Zambelli anuncia jejum em aniversário do 8 de janeiro Deputada disse que está “clamando a Jesus pela nossa nação”
(Foto: Carlos Macedo/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) foi intimada a depor na Polícia Federal (PF) sobre supostos atos antidemocráticos em relação ao 7 de setembro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A informação foi confirmada pela própria parlamentar neste sábado (4).

Ela participará de oitiva no âmbito do inquérito do STF que investiga a organização de atos antidemocráticos. A audiência está prevista para o domingo (5).

Em nota à imprensa divulgada no Twitter, a deputada afirmou que, “mesmo sem ter acesso aos autos, em respeito a Polícia Federal e a Constituição, me farei presente. É certo que para mim, o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi”.

Na mesma postagem, ela aproveitou para convocar os brasileiros para as manifestações de 7 de setembro a favor do presidente Bolsonaro (sem partido).

“Aproveito esse momento para relembrar ao povo, que por sua vontade, sem quebrar qualquer vidraça, retiramos uma Presidente da República do Palácio do Planalto. É com esse mesmo espírito que conclamo a todos meus amigos, eleitores e cidadãos brasileiros a comparecerem às manifestações da Nova Independência com o propósito de pacificar o país, unir o país em prol da defesa da Constituição e das liberdades, sem qualquer ato de violência ou ataque a quem quer que seja.”

Segundo ela, a luta é pela paz. “Por fim, independente do que me acontecer, saibam que estarei orgulhosa de vocês, cantando o hino nacional e clamando pela democracia. Eu ficarei bem, fiquem seguros disso.”

Manifestações do dia 7 de setembro

Ministério Público de Goiás (MP-GO) expediu recomendação ao secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e ao comandante geral da Polícia Militar (PM), coronel Renato Brum, para que militares da ativa, que não estejam em serviço, sejam proibidos de participar nas manifestações em favor do governo Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de setembro.

E ainda que em caso de descumprimento, seja instaurado procedimento para apuração dos infratores; que todo o efetivo operacional da PM fique de prontidão; e que sejam suspensas “a concessão de qualquer tipo de dispensa no período de 6 a 8 de setembro de 2021”.

A recomendação foi expedida pela promotora Adrianni Santos Almeida, nesta sexta (3). Confira AQUI.

Vale destacar, pelo Brasil diversos promotores e até um juiz militar atuaram para coibir a participação de militares nos atos do Dia da Independência. As ações foram protocoladas em São Paulo, no Distrito Federal, em Pernambuco, no Ceará, no Pará, em Mato Grosso e em Santa Catarina.

Elas vão de pedido de apuração da participação de PMs em atos antidemocráticos (MP de Santa Catarina), até alerta ao comandante-geral para “consequência graves” (juiz militar do Mato Grosso).

Manifestações de PMs

PMs do Brasil têm se preparado para participar dos atos do feriado, mas também para lutar contra o comunismo e retirar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi antecipada pelo Poder360 há alguns dias, após o site ter acesso a mensagens de WhatsAp de praças e oficiais da ativa e da reserva.

Em Goiás, contudo, a Polícia Militar (PM-GO) não deve aderir. Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado (SSP), Rodney Miranda, não há indicativo de adesão.Ele informa, contudo, que aqueles que não estão fardados não têm impedimento, desde que seja um manifesto ordeiro e pacífico. “Não há nenhum tipo de planejamento. Tocaremos nossa agenda como se fosse um dia qualquer”, revela o titular da pasta.

Da mesma forma, um oficial, que pediu para não ser informado, corroborou a fala do secretário. Segundo ele, apenas policiais que estiverem de folga e que quiserem participar poderão ir ao evento. Contudo, ele reforça que este é um ato sem ligação com a corporação.

“Não é de bom tom para a instituição fazer esse tipo de manifestação política, uma vez que é subordinada ao Executivo estadual”, justificou.