Goiânia

CEI da Saúde denuncia omissão da prefeitura em atendimento odontológico

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura as irregularidades na Saúde em Goiânia decidiu nesta…

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura as irregularidades na Saúde em Goiânia decidiu nesta segunda-feira (4), acionar a Justiça por conta de omissão na administração do atendimento odontológico. Vão ser acionadas a secretária Fátima Mrué e a gerente de Saúde Bucal do município, Ana Paula Nomelini Marques da Silva Vianna, a pedido da vereadora Cristina Lopes (PSDB).

A gerente Ana Paula seria ouvida na manhã desta segunda, mas se recusou a comparecer, porque constava como médica na convocação e ela é odontóloga. O outro ouvido na reunião seria o superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Adriano Augusto Peclat de Paula, que pediu demissão e não compareceu à Câmara. Ana Paula e a secretária Fátima Mrué foram reconvocadas a prestar esclarecimentos nesta terça-feira (5), às 14 horas, na Sala das Comissões.

O relator da CEI, Elias Vaz (PSB), apresentou na sessão desta segunda-feira, o ofício encaminhado por Ana Paula, no dia 31 de março, às unidade de saúde de Goiânia, dando ordens para suspender o atendimento odontológico eletivo por falta dos insumos necessários, sobretudo anestésicos. O vereador mostrou também cópias do termo de homologação que autoriza a Prefeitua a comprar os itens em falta.

Segundo Elias, no termo de homologação, três mil caixas de anestésico eram autorizadas, quantidade suficiente para cerca de 150 mil atendimentos. O vereador destacou ainda que o serviço de atendimento odontológico está parado mesmo com 370 profissionais contratados. “A procura é enorme, a fila de espera é imensa e muitos pacientes estão sofrendo enquanto aguardam. As pessoas precisam arrancar os dentes porque não suportam a dor.  É dever do Município oferecer atendimento, é direito do cidadão, previsto na Constituição. É realmente um caso de polícia”, pontua.

A denúncia será apresentada ainda nesta segunda-feira ao titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), André Augusto Bottesini Jorge, e ao Ministério Público de Goiás.