ARTICULAÇÕES

Lincoln diz que não há trunfos ou obstáculos para manutenção da vice, em 2022

Vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania) diz que não existem trunfos ou obstáculos para a…

Para Tejota, convite de Caiado ao MDB é atestado de bom trabalho da gestão
Para Tejota, convite de Caiado ao MDB é atestado de bom trabalho da gestão (Foto: Vice-governadoria)

Vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania) diz que não existem trunfos ou obstáculos para a manutenção dele no cargo, em 2022. “Existe o meu trabalho à frente da vice-governadoria e no comando do Cidadania em Goiás. Desde que assumi o partido, ele só cresceu em número de prefeitos e filiados, e isso é fruto de trabalho e de adesão das lideranças ao projeto”, enaltece.

Destaca-se, contudo, o Cidadania articula pela manutenção de Lincoln Tejota na vice de Caiado. O partido, que tem nove prefeitos, 16 vices, 119 vereadores e um deputado estadual se movimenta, uma vez que o MDB de Daniel Vilela pode entrar no páreo e é de interesse do governador consolidar aliados fortes.

Lincoln ainda afirma que seu mandato não está em discussão, neste momento. “A única coisa que estamos discutindo para 2022 é a formação de chapa do partido. Eu sou o vice e trabalho muito ao lado do governador por um Estado melhor. Estamos em consonância no projeto para que fomos eleitos em 2018. Quanto ao meu trabalho no Cidadania, tem sido de reestruturação de diretórios e buscar novos filiados.”

Cidadania e Lincoln

Como trunfo, Lincoln tem a presença e apoio de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sebastião Tejota, o pai.

Contudo, um dos problemas do Cidadania, antes PPS, é a densidade eleitoral. O partido não conseguiu eleger nenhum deputado federal – Marcos Abrão teve 50.909 votos em 2018 e ficou de fora. Na Assembleia, apenas Virmondes conseguiu subir com 30.576 votos.

O segundo colocado do partido para o legislativo goiano foi Luiz Stival, com 10.732 votos; seguido por Cecília do Cevam, com 2.666 confirmações nas urnas. Outros nomes sequer chegaram a 2 mil votos.

Destaca-se, ainda, que a ida de Lincoln para chapa em 2018 foi celebrada, uma vez que se tratava de um aliado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) captado por Caiado. O cenário, hoje, é outro, com um PSDB que pode até nem lançar candidatura, mas um MDB com posicionamento ainda indefinido, com um player forte na articulação.

Obstáculo

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), também pode entrar na briga pela, segundo uma fonte ligada ao parlamentar. Isso, mesmo ele já tendo afirmado que seria candidato à Câmara Federal.

Vale lembrar, Lissauer tem sido um escudeiro de Caiado. Ele, inclusive, deve mudar para um partido, no ano que vem, que caminhe com o governador. O deputado já foi sondado por: MDB, PSD e Republicanos.

Ainda sobre a proximidade com o governador, no último sábado (7), ele promoveu primeiro encontro municipalista de seu mandato, no Parque de Exposições de Rio Verde. O evento teve parceria da Associação Goiana dos Municípios (AGM) e o tema “Nossas cidades em debate”. Mais de 60 prefeitos prestigiaram, além do próprio Caiado.

Já o Cidadania, na quinta-feira (5), organizou um encontro com 35 prefeitos de variadas siglas com a presença do governador Ronaldo Caiado e de Lincoln. No encontro, o governador avisou a Tejota que ele vai rodar Goiás 24h por dia – já de olho no pleito. A situação mostra a movimentação intensa para manter a legenda no páreo.

Representante do Cidadania

O portal procurou o deputado estadual Virmondes Cruvinel, presidente metropolitano e representante da sigla para comentar sobre os possíveis trunfos e dificuldades para Lincoln repetir a dobradinha, em 2022. Ele, contudo, preferiu não comentar o assunto, pois aguarda futuras reuniões do partido.

Antes do Pros, Lincoln se filiou ao Cidadania em fevereiro de 2020. Na época, ele declarou “alinhamento de pensamento” com o partido.

A filiação ocoreu em Brasília, na sede nacional da legenda. À época, o evento teve participação do presidente nacional da legenda, deputado federal Roberto Freire, do então presidente estadual do partido, Marcos Abrão, do vice-presidente da Agehab, Luiz Sampaio, além de outras autoridades.