Com seis meses de gestão em Anápolis, Márcio Corrêa tenta dar ritmo em meio à crise fiscal
Prefeito diz ter herdado rombo de 1,4 bilhão
Ao completar meio ano à frente da Prefeitura de Anápolis, Márcio Corrêa (PL) ainda enfrenta os efeitos da herança financeira da administração anterior. Empossado em janeiro deste ano, o prefeito afirma ter herdado um rombo de R$ 1,4 bilhão e aposta em medidas de contenção de gastos para tentar manter os serviços funcionando e retomar obras paradas.
Nos primeiros 100 dias, a gestão diz ter economizado mais de R$ 100 milhões após cortes administrativos e revisão de contratos. O impacto das medidas ainda divide opiniões, especialmente em áreas onde a demanda é alta, como saúde e educação.
Na saúde, a reabertura do Hospital Alfredo Abrahão com atendimento 24h e a criação do programa “Corujão de Exames” são as principais ações. Foram realizados mutirões oftalmológicos e ampliadas cirurgias eletivas, mas UPAs seguem com filas e sobrecarga.
Na educação, mais de 37 mil alunos receberam uniformes e kits escolares. Também foram contratados 350 cuidadores e convocados novos professores. Apesar dos esforços, pais e profissionais seguem cobrando melhorias em infraestrutura e merenda.
A Operação Cidade Limpa retirou 40 mil toneladas de entulho das ruas e a mobilidade ganhou novos semáforos e sinalização. Já a proposta de transporte gratuito aos fins de semana está travada na Câmara.
Corrêa ainda reorganizou o quadro administrativo e lançou o “Alvará Único”, para tentar destravar o ambiente de negócios. Segundo o Instituto Goiás Pesquisas, 75% da população avalia a gestão como positiva.
Com boa aceitação popular, o prefeito terá agora o desafio de sair da fase emergencial e dar conta das promessas ainda no papel , como habitação, drenagem e transporte, num cenário de orçamento apertado.