“Marconi foi coveiro do esporte goiano”, diz Daniel Vilela ao rebater críticas do tucano ao leilão do Serra Dourada
Pano de fundo das críticas foi o processo de parceria-público privada que o Serra Dourada passa

Em um movimento que pode ser interpretado como uma antecipação do processo eleitoral de 2026, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) rebateu nesta quinta-feira (29/1), de forma contundente, críticas feitas pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB) nas redes sociais. O tucano questionou o processo de concorrência pública para revitalizar o Estádio Serra Dourada, que está em curso desde 2023 e tem o leilão agendado para a primeira semana de fevereiro deste ano na B3, em São Paulo.
Marconi classificou a medida como uma “tramoia” para privatizar o estádio e entregá-lo a “interesses escusos” do governador Ronaldo Caiado (UB) e de Daniel Vilela. A resposta do vice-governador, porém, veio carregada de críticas e referências ao histórico do ex-governador tucano.
Daniel rebateu Marconi nas redes sociais: ‘influenciador digital’
Daniel Vilela não poupou palavras ao responder Marconi Perillo, acusando-o de agir como “fugitivo” e tentando se reinventar como “influenciador digital” longe de Goiás. Em certo momento da resposta disse que o tucano foi “o coveiro do esporte goiano”.
Ele também lembrou os processos judiciais enfrentados pelo ex-governador e sua prisão preventiva determinada pela Justiça. “É um cara de pau mesmo. O ex-governador Marconi Perillo, que vive seus dias de fugitivo em São Paulo desde 2018 e de lá do seu esconderijo agora resolveu tentar a vida de influenciador digital”, disparou Vilela.
‘Coveiro do Esporte Goiano’
O vice-governador também criticou a gestão de Perillo em relação ao Serra Dourada e destacou que o estádio foi deixado sucateado, ao contrário da atual proposta, que busca uma parceria público-privada para transformar o espaço em uma arena multiuso. Recentemente, a Construção, uma das dez maiores construtoras do Brasil, manifestou interesse em reformar e administrar o complexo esportivo. Atualmente a empresa faz a gestão do Mineirão e o Ginásio Ibirapuera, em São Paulo.
O leilão público, no qual os envelopes com os lances serão abertos, já tem data para acontecer e está marcado para o dia 4 de fevereiro, às 14 horas, também na sede da Bolsa de Valores B3, em São Paulo. A sessão contará com a presença de Caiado e Daniel, que lidera o Grupo de Trabalho (GT) responsável pela reestruturação do complexo esportivo.
Revitalização do Serra Dourada
Vilela enfatizou que a revitalização do estádio é um projeto estruturado e inspirado em modelos bem-sucedidos no Brasil e no exterior. De acordo com ele, a parceria com a iniciativa privada garantirá milhões de reais em investimentos, modernizando o Serra Dourada para receber grandes eventos esportivos e culturais.
“Agora o Marconi quer falar da concorrência pública que nós estamos fazendo para revitalizar o Serra Dourada nos moldes das grandes arenas. É uma parceria com a iniciativa privada que vai dar uma nova cara ao Serra. Isso vai garantir milhões de reais de investimentos e transformar aquele espaço em uma grande arena de jogos, shows e eventos”, explicou.
Fábrica de uísque no Serra
Daniel Vilela também relembrou um episódio controverso que ocorreu durante a administração de Marconi, quando foi descoberta uma fábrica clandestina de whisky falsificado operando dentro do estádio. Além disso, apontou o estado de abandono do Serra Dourada nos últimos anos da gestão tucana, incluindo a remoção da capela do estádio, posteriormente restaurada pela atual gestão.
“Já o Marconi deixou o Serra Dourada completamente sucateado e abandonado. Quando o governador Caiado assumiu, a única coisa que funcionava lá era uma fábrica clandestina de whisky falsificado”, salientou Daniel mostrando o trecho de uma reportagem produzida à época por uma emissora local.
Por fim, Vilela acusou Marconi de agir com “dor de cotovelo” e de não aceitar que Goiás, sob a gestão de Caiado, se tornou referência nacional. Ele também afirmou que o estado não voltará ao passado e que a população está focada em avanços, sem espaço para retrocessos. “Marconi foi um verdadeiro coveiro do esporte goiano. O ex-governador não gosta de ver que depois dele, Goiás passou a dar certo e hoje é o estado número um do Brasil, porque isto escancara o quanto ele fez mal para o estado”, completou.