TEMPLO SAGRADO

Daniel Vilela projeta licitação para modernização do Serra Dourada para 2024

Vice-governador coordena grupo de estudos que promete modernizar templo sagrado do futebol goiano

Solução da base de Vilela pode ser candidaturas múltiplas
Solução da base de Vilela pode ser candidaturas múltiplas (Foto: Governo de Goiás)

Templo sagrado de inúmeros clássicos do futebol brasileiro, o Governo de Goiás prepara uma licitação que deverá modernizar e revitalizar o Estádio Serra Dourada numa radicalização de sua estrutura desde que foi inaugurado em 1975. Quem coordena o grupo de trabalho que lidera os estudos é o vice-governador Daniel Vilela (MDB) que projeta a conclusão do processo para os próximos onze meses.

“É um projeto prioritário do governador e meu. Há todo um esforço político que estamos empreendendo e vamos fazer. O time do grupo de trabalho é muito bom e competente”, destaca Daniel Vilela em entrevista exclusiva ao Mais Goiás. De acordo com o emedebista, há três grupos interessados. “Eles tem expertise, know-how e estão colaborando conosco nas etapas”.

Dois grupos são de São Paulo e um é de Brasília. “Eles tocaram o projeto de revitalização do Mané Garrincha e do Pacaembu, por exemplo”, cita Daniel. A publicação dos nomes das empresas deverá ser feita até esta quinta-feira (21/09), no Diário Oficial do Estado de Goiás. “Estamos muito otimistas tanto do ponto de vista arquitetônico, como da viabilidade econômica e financeira”, destaca.

Ao portal, Daniel Vilela detalha o cronograma do processo. “A partir de amanhã vamos nos reunir em cinco dias. A partir dessa publicação, temos 90 dias para os grupos apresentarem seus estudos. Depois, mais um mês para analisar e escolher qual o melhor dos modelos apresentados.”, destaca.

Leia a entrevista na íntegra com o vice-governador Daniel Vilela ao Mais Goiás

Domingos Ketelbey: Em que pé está a revitalização do Serra Dourada, vice-governador?

Daniel Vilela: Isso é um sonho e desejo de muita gente. Do próprio governador Ronaldo Caiado e meu também. A gente nunca conseguia avançar porque apareciam pessoas com ideias mas quando cobravamos para colocar em prática as coisas não saiam da conversa. Resolvemos a partir da determinação do governador em fazer um grupo de trabalho e propor um avanço para encontrar uma modelagem que faça sentido e que tenha a viabilidade econômica e financeira. Estamos otimistas, tem sido um sucesso esse ínicio de trabalho. 

O que os deixa otimistas com relação ao processo?

Daniel Vilela: Já temos a participação de três grupos. Um de São Paulo e outro de Brasília, nesse momento que é a primeira etapa do processo que é o desenvolvimento do projeto tanto do ponto de vista arquitetônico do complexo como da viabilidade econômica e financeira. O que nos deixa otimistas? É uma região valorizada de Goiânia. O espaço é tão grande que a gente pode como diz o renomado arquiteto goiano Luiz Fernando Chibiu, fazer daquilo uma nova centralidade de Goiânia. Isso que tem sido enxergado pelos investidores.

Como está o diálogo com os grupos interessados?

Daniel Vilela: É um negócio novo no Brasil mas temos o pessoal do Pacaembu com mais experiência e expertise de como monetizar um espaço como esse. São dois ou três que estão participando deste projeto. A ideia deles é enxergando a centralidade. A região, o que pode ser construído, feito e transformado em serviços, fluxo de pessoas, alimentação. Estamos otimistas. 

Como esses grupos vão contribuir com o processo?

Daniel Vilela: Cada um desses grupos vai fazer seu projeto do que entendem que faz sentido para a área junto com o Grupo de Trabalho do Governo. A primeira reunião faremos semana que vem com cada um dos grupos e também pretendemos apresentar as diretrizes e princípios do que queremos para lá. São princípios, nada pontual. Desenvolvimento sustentável, mobilidade e a partir disso é que eles vão apresentar projetos a partir dessas ideias.

Qual o cronograma?

Daniel Vilela: A partir da publicação do edital que já foi feito. Era para ser 15 dias e acabou sendo 30 dias para presentação da documentação. Os três grupos foram certificados. O secretário deve estar assinando hoje a certificação dos três. Amanhã publica no Diário Oficial. A partir de amanhã vamos nos reunir em cinco dias. A partir dessa publicação, temos 90 dias para os grupos apresentarem seus estudos. Depois, mais um mês para analisar e escolher qual o melhor dos modelos apresentados.O interessante é que podemos escolher um projeto do ponto de vista arquitetônico o projeto X é melhor. Mas o de Y é bom com relação ao projeto econômico e financeiro e o do Z tem aspectos interessantes e vamos juntar todos e montar um grande projeto de concessão com essa modelagem escolhida. Aí sim é que vão participar os interessados em serem os concessionários.

A licitação então, deve ser realizada só ano que vem…

Daniel Vilela: Vamos analisar em janeiro todos os estudos. Teremos uma fase de audiências públicas e todo o regramento que a própria lei de concessão estabelece. Hoje, o nosso cronograma é terminar tudo em onze meses com a licitação encerrada. Lá na frente ainda entra Tribunal de Contas… Se a gente licitar tudo em 2024 para nós vai ser um sucesso. Eu acho que é bem possível.

Por ser um ano eleitoral não pode acabar atrasando mais?

Daniel Vilela: É um trabalho administrativo que vai andar independente de questões políticas. É um projeto prioritário do governador e meu. Todo o esforço político que a gente tiver de empreender vamos fazer. O time do grupo de trabalho é muito bom, competente. Os interessados têm expertise e know-how e eles colaboram para superarmos essas etapas. Eles já passaram por outros processos… O Mané Garrincha e o Pacaembu, por exemplo. 

A revitalização será completa? Dentro e fora do estádio…

Daniel Vilela: Do próprio estádio e de fora também. O ginásio e outras áreas fazem parte do projeto também. O Chibiu foi genial na fala dele. Ele foi o responsável de remodelagem do Serra Dourada para a Copa de 2014. O Serra Dourada é uma jóia do ponto de vista arquitetônico. É uma construção extremamente moderna. A gente quer preservar e vai preservá-lo ao máximo. Mas a gente precisa avançar do ponto de vista de funcionalidade e de viabilidade para o negócio. Não adianta mantê-lo intacto e não ser atrativo para jogos, por exemplo. Eu acho que não tem como fugir de acabar com a geral e criar arquibancadas ali. A construção de camarotes é necessária. Dá para monetizar isso, vendê-los anualmente. Criar uma estrutura fixa para eventos. Montar um Villa Mix demora 30 dias e depois do evento é mais 30 para tirar. Se tiver uma instalação fixa, ganha no giro rápido dos eventos. Criar restaurante, bar, área de serviço, reformando toda uma área, vira um shopping, né?