Depoimento de Mauro Cid complica ainda mais Bolsonaro e aproxima ex-presidente da condenação
Ex-ajudante de ordens falou por quatro horas

Na guerra de narrativas em torno das quatro horas de interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, nesta segunda-feira (9/6), a conclusão mais dominante é de que a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro ficou mais complicada, aproximando-o da condenação pela tentativa de golpe de Estado.
Cid confirmou, com detalhes, os principais elementos da delação premiada firmada com a Polícia Federal, que incriminam diretamente o ex-presidente.
“Confirmo integralmente o conteúdo da minha delação”, disse, ao ser julgado responder indagação do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Ele disse que Bolsonaro sabia da chamada “minuta do golpe”. E mais: o ex-presidente a editou pessoalmente.
“De certa forma, ele enxugou o documento, retirando autoridades das prisões, ficando somente o senhor como preso. O resto…”, relatou Cid.
As análises indicam que essas afirmações, junto com outras no depoimento, reforçam as acusações.
Agora, resta saber se Bolsonaro conseguirá desmontar as falas de Cid no depoimento que ainda prestará ao STF.