Deputado do PL pede intervenção das Forças Armadas após operação contra Bolsonaro
Fala aconteceu após ação contra ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve o uso de tornozeleira eletrônica determinado pelo ministro Alexandre de Moraes
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) pediu, na sexta-feira (19/7)) a intervenção das Forças Armadas diante da nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve o uso de tornozeleira eletrônica determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Durante coletiva da oposição no Congresso Nacional, o parlamentar relembrou o golpe militar de 1964 e elogiou a atuação das Forças Armadas naquele período, afirmando que, mesmo ainda sendo criança na época, sentia orgulho da instituição. “Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro e da democracia”, declarou.
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Além disso, Chrisóstomo fez um apelo à imprensa, pedindo que os veículos de comunicação “atuem em favor da população”, assim como, segundo ele, teriam feito nos anos 1960. O Brasil viveu sob uma ditadura militar de 1964 até 1985, quando foi redemocratizado.
Questionado pelos jornalistas sobre suas declarações, o deputado preferiu não responder. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), tentou contornar a polêmica ao afirmar que a fala do colega representa uma posição individual. “Esse não é o foco da coletiva”, disse. Portinho também comentou sobre a situação das Forças Armadas, mencionando cortes no orçamento e prisões de oficiais, que, segundo ele, já seriam medidas duras o suficiente.
Operação contra Bolsonaro
A operação da PF contra Bolsonaro foi autorizada por Moraes como parte de uma investigação em curso. Entre as medidas impostas ao ex-presidente estão o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, restrições de circulação durante a noite e fins de semana, e a proibição de acessar redes sociais.
A decisão judicial também cita uma suposta tentativa de interferência internacional. De acordo com Moraes, Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), teriam admitido envolvimento em ações consideradas ilegais em postagens públicas. O ministro interpreta as atitudes do ex-presidente como um risco à soberania nacional, mencionando até envio de recursos para manter o filho nos Estados
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