REPRESENTATIVIDADE

Digital Influencer Janaína Carvalho quer ser exemplo em sua primeira eleição

O Brasil, hoje, tem 550.569 candidatos. Destes, apenas 182.787 são mulheres. Isso ocorre, mesmo elas…

Maioria das eleitoras, mulheres ainda são minoria entre candidatos
Maioria das eleitoras, mulheres ainda são minoria entre candidatos

O Brasil, hoje, tem 550.569 candidatos. Destes, apenas 182.787 são mulheres. Isso ocorre, mesmo elas sendo a maioria do eleitorado: 76,482 milhões de 150,519 milhões, ou seja, 52,53%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cenário, em Goiás e Goiânia, é igual. Elas são, respectivamente, 52,31% e 54,46% do público votante, mas são minoria nas candidaturas.

Destaca-se que, neste pleito, 24.611 pessoas registraram candidatura em Goiás. Destas, 8.210 são mulheres. Em Goiânia, são 346 candidatas em 1.123 registros. Na disputa pelo paço da capital, há somente três em um universo de 16 postulantes. São elas: Adriana Accorsi (PT), Manu Jacob (Psol) e Dra. Cristina (PL) – sendo que esta última luta na justiça pelo direito de concorrer.

A digital influencer do site Fina e Rica (desde 2012), Janaína Carvalho (Podemos), é uma das candidatas a vereadora em Goiânia. Ela, que disputa sua primeira eleição, diz que sabe do preconceito que as mulheres sofrem para crescer na vida profissional – inclusive, na política.

Janaína lembra que as mulheres têm jornadas e funções mais densas que os homens, de modo geral, sendo trabalhadoras, donas de casa, mães e, muitas vezes, chefes de família e mais. “Enfrentamos muitas funções, mas acredito que damos conta. Só temos que querer e correr atrás. E nos unir”, destaca.

União

Para Janaína, a união das mulheres é coisa séria. Ela, que em seu blog trabalha com relacionamento, moda e autoestima, afirma muitas se diminuem por causa de relacionamentos abusivos em casa e outros locais. “Tento mostrar que elas podem, que são capazes. Mas elas precisam se aceitar e correr atrás de seus sonhos.”

Desta forma, ele afirma que sua candidatura também serve como um exemplo para outras. “De dentro, poderei ser a voz ativa na construção de leis e impactar a sociedade em defesa das mulheres, além de motivá-las”, diz e completa: “Não quero só ficar atrás de um computador, quero lutar pelas mulheres e pela família.”

Para ela, as mulheres já têm a força, o que só vai crescer com a união. Assim, ela acredita que, no próximo pleito, o número de postulantes a cargos públicos poderá ser ainda maior. “E as mulheres devem votar em outras mulheres. Apoiar. Não só por votar, mas conhecendo o trabalho, se identificando com a causa. A proposta tem tocar”, resume.