AGENDA EM GOIÁS

Dinheiro que ia para Cuba agora fica no Brasil, diz ministro de Bolsonaro em Goiânia

Durante visita a Goiânia, Ministro do Turismo Gilson Machado Neto afirmou que o dinheiro que,…

Dinheiro que ia para Cuba agora fica no Brasil, diz ministro de Bolsonaro em Goiânia
Dinheiro que ia para Cuba agora fica no Brasil, diz ministro de Bolsonaro em Goiânia (Foto: Divulgação - Prefeitura de Goiânia)

Durante visita a Goiânia, Ministro do Turismo Gilson Machado Neto afirmou que o dinheiro que, antes ia para Cuba e Venezuela, mas não ficava no Brasil. “Mas agora está aqui”, disse durante entrega de veículos para unidades de Saúde na cidade.

Ele também aproveitou para criticar a imprensa. Segundo ele, jornalistas criam histórias. Para ele, quando isso ocorre é porque acabou a corrupção.

Vale destacar, Gilson e o ministro João Roma (Cidadania) tiveram agenda em Goiânia com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o governador Ronaldo Caiado (DEM) articulada pela secretária de Relação Institucionais Valéria Pettersen.

Durante a passagem, eles também participaram de inaugurações. Segundo Gilson, os ministros de Bolsonaro são itinerantes e não de gabinete.

“O presidente determinou que eu viesse aqui para todas as ações do governo federal e disse [se dirigindo a Caiado] que tudo o que o senhor precisar, se sinta agasalhado”, declarou Gilson.

Ataques à imprensa na gestão Bolsonaro

No primeiro semestre de 2021, o presidente Bolsonaro atacou a imprensa, pelo menos, 87 vezes. Trata-se de aumento de 74% em relação ao segundo semestre de 2020, segundo dados da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Ao todo, a RSF registrou 331 ataques contra a imprensa protagonizados por autoridades públicas de alto escalão. O número representa um aumento de 5,4% em relação aos últimos seis meses do ano passado. Bolsonaro foi o que mais atacou. Do montante, 293 foi da própria família do presidente (e dele).

“Tensões entre governos e a imprensa não são novidade. Mas, com o presidente Jair Bolsonaro, vemos um ponto de inflexão, os atritos esporádicos foram substituídos por uma política deliberada de desmoralização e ataques sistemáticos ao jornalismo promovidos por autoridades das mais altas esferas de poder. A normalização desse cenário é um ataque aos princípios básicos da democracia”, informou Emmanuel Colombié, diretor do escritório regional da RSF para a América Latina, em reportagem da Folha.

E ainda: “O levantamento também evidencia a violação de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em relação à liberdade de expressão. O Estado tem a obrigação de prevenir episódios de violência contra a imprensa, o que inclui adotar um discurso público que não aumente a vulnerabilidade dos jornalistas diante dos riscos aos quais estão confrontados. O governo brasileiro age de forma diametralmente oposta.”