Em seis meses de gestão, Leandro Vilela enfrenta rombo nas contas e tenta reorganizar Aparecida
Prefeito tenta dar cara nova à cidade
Seis meses após assumir a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB) ainda lida com a herança de uma administração anterior que, segundo ele, deixou a cidade em situação crítica. A gestão começou em janeiro de 2025 já sob pressão: contas no vermelho, salários de servidores em atraso, repasses bloqueados e uma máquina pública praticamente travada.
De acordo com o prefeito, a dívida herdada gira entre R$ 300 e R$ 500 milhões. Ele afirma que já conseguiu pagar cerca de R$ 200 milhões, regularizar os pagamentos dos servidores e resolver pendências com o transporte público e o Hospital Municipal. Um reforço de R$ 29 milhões vindo do Ministério da Saúde ajudou a manter o Hospital Albert Einstein funcionando.
No campo da infraestrutura, a administração focou em medidas urgentes: retirou mais de 53 mil toneladas de entulho das ruas e instalou 20 mil lâmpadas de LED. O investimento nessas ações chegou a R$ 167 milhões. Também foram realizados serviços de tapa-buracos e recapeamento nas principais vias. Parcerias com o governo estadual e concessões à iniciativa privada entraram no radar para destravar obras paradas.
Na habitação, a prefeitura entregou 768 unidades e promete alcançar 3 mil até o fim de 2026. Também foi inaugurado o “Restaurante do Bem”, voltado à segurança alimentar, além de um centro para castração de animais. Um novo espaço para a Delegacia da Mulher deve sair do papel com recursos já garantidos.
Na parte administrativa, Vilela cortou pela metade os cargos comissionados e passou a atuar de forma mais próxima da Câmara Municipal. Isso ajudou a reduzir atritos e a acelerar votações de interesse do executivo.
Apesar dos avanços, a gestão ainda enfrenta entraves. Há bloqueios judiciais que comprometem parte do orçamento, e cerca de 40% da receita segue consumida pela folha de pagamento. O momento agora, segundo a equipe do prefeito, é de deixar a fase emergencial para trás e começar a planejar o futuro da cidade.
Os próximos passos dependem não só de dinheiro, mas de articulação política e capacidade de execução. O prefeito aposta na modernização da gestão e na atração de investimentos como saídas para equilibrar as contas e melhorar os serviços para a população.