Contas públicas

Estado tenta nova prorrogação de dívidas com a União

No próximo dia 6 vence o período de vigência da liminar concedida pelo ministro Gilmar…

Segundo Mabel, Caiado diz que não se importa com opinião do Fórum Empresarial
Segundo Mabel, Caiado diz que não se importa com opinião do Fórum Empresarial

No próximo dia 6 vence o período de vigência da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite a Goiás não pagar a dívida junto a bancos públicos e ao Tesouro Nacional. Com o fim deste prazo,  Estado teria que voltar a fazer os pagamentos mensais e ainda quitar o que deixou de ser pago desde junho do ano passado, o que poderia gerar uma difícil situação fiscal. Visando não chegar a este quadro descrito, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) fez nova petição ao STF pedindo a prorrogação até dezembro.

No dia 17 do mês passado, o Estado já tinha formalizado pedido ao STF para prorrogação da liminar, mas o prazo de suspensão não estava estipulado no pedido. Porém, o governo não recebeu resposta sobre o assunto. Com o agravamento da crise do coronavírus, Goiás intensificou a demanda, tentando uma manifestação sobre o caso.

Desde o dia 20, a reportagem do Mais Goiás tem buscado mais detalhes junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE) sobre o tema, mas informações aprofundadas sobre os pedidos feitos junto ao STF não foram apresentadas. O Estado aponta para economia mensal em pouco mais de R$ 200 milhões com o não pagamento das dívidas.

A autorização concedida por Gilmar Mendes em julho foi prorrogada no final do ano passado. A liminar também dava direitos ao Estado de tentar ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Sem ajuda

Na semana passada, questionado pelo Mais Goiás, o governador Ronaldo Caiado destacou que há 14 meses tenta algum tipo de ajuda. Na ocasião, o gestor anunciava rompimento com o presidente Jair Bolsonaro e reforçava que não havia nenhuma ajuda concretizada, e que Goiás tem sobrevivido graças à liminares concedidas pelo supremo.

“Há 14 meses eu busco essa saída para Goiás. Fizemos todas as exigências, cumprimos todas as etapas, que o Tesouro Nacional impôs. Qual solução foi dada? Estamos sobrevivendo por decisões do Supremo Tribunal Federal.” E ainda: “Esse estrangulamento fiscal não é diferente de quando assumi. Nós saberemos enfrentar. Saberei continuar recorrendo ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso para avançar naquilo que os Estados precisam”, destacou.