RELAÇÃO RUIM

Gayer diz que nota escrita pelo presidente do partido dele sobre Bolsonaro é ‘imbecil’

"Estou inconformado. O que mais posso dizer", escreveu o presidente do PL no X

Gayer responde nota de Valdemar sobre a prisão de Bolsonaro: 'Imbecil'
Gayer responde nota de Valdemar sobre a prisão de Bolsonaro: 'Imbecil' (Foto: Vinícius Loures - Câmara dos Deputados)

O deputado federal por Goiás Gustavo Gayer (PL) disse que a nota do PL assinada pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, emitida após o decreto de prisão domiciliar de Bolsonaro, na segunda-feira (4), é “imbecil”. “Estou inconformado. O que mais posso dizer”, escreveu o dirigente no X e foi rebatido pelo goiano: “Que nota mais imbecil é essa? Pelo amor de Deus.”

Gayer é parte de um grupo de deputados que critica o presidente Valdemar e que o chamam de “extremo centro”. O termo se refere ao centrão de forma pejorativa. Esses parlamentares que se identificam como “bolsonaristas raiz”, cerca de 25, não se relacionam bem com os correligionários que já estavam na sigla antes da chegada de Bolsonaro, em 2021.

Entre as defesas deste grupo, está o confronto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado decretou, na segunda-feira, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro por descumprir as restrições impostas pela Corte.

Aliados de Bolsonaro

Mais cedo, nesta terça-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a ideia da oposição de um “pacote da paz” ao Congresso, que inclui “anistia ampla, geral e irrestrita”, o impeachment do STF Alexandre de Moraes, e a PEC do Fim do Foro Privilegiado. Segundo ele, esse conjunto de medidas é a solução para os problemas do País.

A fala ocorreu em coletiva na rampa em frente ao Congresso. A oposição aliada a Bolsonaro afirmou que fará a obstrução total na Câmara e no Senado até que o “pacote da paz” seja pautado. Vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) disse, inclusive, que pautaria a anistia, caso assumisse a presidência na ausência de Hugo Motta (Republicanos-PB).

Já o impeachment de Moraes deve ser colocado no Senado. Neste momento, Zacharias não vê a medida prosperar, mas entende que a pressão está aumentando.

O deputado federal por Goiás José Nelto (União Brasil) comentou ao Mais Goiás sobre a possibilidade da oposição ligada ao ex-presidente obstruir todas as pautas do Congresso. Segundo ele, “é direito da oposição pressionar, do governo reagir e do colégio de líderes tomar a decisão. Faz parte do parlamento. Todos os partidos têm que ter voz”. Apesar disso, ele reforça que “no grito não ganha nada” e que, hoje, não vê os presidentes da Câmara e Senado pautando o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro ou o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

“Nada acontece sem o mínimo de consenso. Na marreta nada acontece no Congresso, que é a casa do povo. Hoje não passa, mas amanhã pode ser que sim.” José Nelto faz parte do União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). O gestor, inclusive, também disse nesta terça que a sigla resolveu partir para a “obstrução total” contra todas as pautas do Congresso Nacional. Ele citou como justificativa a crise em torno do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o comportamento adotado pelo Estado brasileiro diante da situação. O gestor também criticou o despacho do ministro Alexandre de Moraes, que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda nesta data, o também deputado federal do União Brasil por Goiás, Zacharias Calil, disse que a obstrução já começou. Afirmou que as reuniões de comissões de quarta-feira (6) foram canceladas