IMPACTO

Geraldo Alckmin diz que reforma tributária traz perdas para Goiás

No entanto, o vice-presidente aponta que o novo regime "elimina a guerra fiscal” entre os estados.

Vice-presidente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília (DF), 20/06/2023 - O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, durante abertura do evento Diálogo: O Mercado Regulado de Carbono e a Competitividade Industrial, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), disse , em entrevista ao grupo Bandeirantes, reproduzida pelo jornal Valor Econômico, da última segunda-feira (3), que o estado de Goiás vai perder receitas, caso o texto da Reforma Tributária seja aprovado no Congresso Nacional da maneira como está sendo discutido.

Geraldo Alckmin defendeu a criação do Conselho Federativo, um dos pontos de divergência entre União e governadores. Alckmin reconheceu ainda a pertinência da discussão sobre origem e destino da tributação e disse que estados como São Paulo e Goiás perdem “um pouco”, enquanto o estados do Nordeste “ganham um pouco”.

No entanto, o vice-presidente aponta que o novo regime “elimina a guerra fiscal” entre os estados.

Críticas

O governador Ronaldo Caiado (UB) é um dos grandes críticos da reforma tributária que tramita hoje no Congresso Nacional. A crítica se baseia principalmente nessa tendência de perda para Goiás.

“São os prefeitos e governadores que conhecem a realidade do cidadão. Da forma como está, a reforma limita os gestores, prejudica o setor produtivo e impede o desenvolvimento econômico”, afirma.

“Nós crescemos 6,6% no último ano, enquanto o país cresceu 2,9%. A reforma ignora isso e quer reduzir nossos recursos. Além de ser um atraso essa ideia de centralização de recursos”, conclui o governador.

Caiado vai a Brasília nesta terça-feira (4) para reuniões com o líder da bancada do Republicanos, deputado federal Hugo Motta, e com a bancada federal goiana.