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Gestores são investigados por improbidade administrativa, em Catalão

Diretores da Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão (SAE) e mais nove empresas…

Diretores da empresa de saneamento de Catalão são investigados por improbidade administrativa
Diretores da empresa de saneamento de Catalão são investigados por improbidade administrativa

Diretores da Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão (SAE) e mais nove empresas são alvo de uma ação civil pública que investiga a contratação de serviços sem licitação nem contrato formal em janeiro de 2018. Segundo as investigações, foram pagas por essas contratações cerca de R$ 1,8 milhão.

Os acordos e pagamentos feitos para as empresas sem licitação eram feitos com a orientação de dois servidores da SAE: Fernando Vaz Ulhôa, superintendente, e Oriovaldo Cândido Leão, diretor jurídico. Ambos podem responder pelo crime de improbidade administrativa. Foram citadas, ainda, mais 12 pessoas, ligadas às empresas que receberam os recursos.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), depois que as contratações eram feitas, as empresas protocolavam ações de cobrança na justiça contra a SAE. Antes mesmo que as partes fossem citadas, um acordo de confissão de dívida era feito e os valores integrais dos pedidos eram pagos.

A promotora responsável pelo caso, Ariete Cristina Rodrigues Vale, informou que toda a transação foi planejada para que as empresas pudessem receber os valores. “O artifício falacioso da judicialização da demanda, já com a predisposição para transação, com reconhecimento do pedido, foi previamente pactuado, para, a partir da homologação pretendida, dar ares de legalidade aos pagamentos que pretendia realizar”, afirmou.

O texto da ação aponta ainda que, em cinco das dez ações de cobrança, a advogada que representou a empresa era é nora de Oriovaldo Leão. Para o MP-GO, isso reforça que houve favorecimento, violação do interesse público dos princípios da moralidade e da impessoalidade.

Além de requerer que os diretores da SAE e os empresários envolvidos respondam por improbidade administrativa, a promotora solicitou que os direitos políticos de todos sejam cassados e que eles sejam proibidos de contratar com o poder público. O Mais Goiás tentou contato com a secretaria por telefone. Entretanto, as ligações não foram atendidas até o fechamento da matéria. O espaço está aberto para manifestação.