ARTICULAÇÕES

Indicado por Bolsonaro para o STF visita senadores em Goiás

Vanderlan Cardoso e Luiz do Carmo manifestaram apoio a André Mendonça, que busca 41 votos necessários para ser aceito pelo Senado

Alcolumbre pode segurar sabatina de Mendonça ao STF para 2023
Alcolumbre pode segurar sabatina de Mendonça ao STF para 2023 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O advogado-geral da União André Mendonça esteve em Goiânia na terça-feira (20) em reunião com os senadores goianos Luiz do Carmo (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD). Ele, que está de férias, é o indicado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) à vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

A vinda para Goiás faz parte da incursão de André Mendonça para convencimento dos senadores a acolher a indicação de Bolsonaro ao STF. Ele, no entanto, não se encontrou com o senador Jorge Kajuru (Podemos) que já havia declarado ser contra o nome indicado pelo presidente para o Supremo.

Tanto Vanderlan quanto Luiz do Carmos se mostraram favoráveis à indicação de André Mendonça. “O currículo e o histórico do ministro não deixa dúvidas de que ele cumpre todos os requisitos para esse cargo”, publicou Vanderlan.

Luiz do Carmo, em vídeo, diz ter apreço a André Mendonça. “Homem direito e que tem um saber jurídico ilibado. Conte comigo”, pontuou.

O nome dele ainda deve passar por sabatina no Senado no segundo semestre. De Goiânia, o advogado-geral da União segue para São Luís, no Maranhão, para encontro com senadores Roberto Rocha (PSDB), Weverton (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania).

Resistência

A vida de André Mendonça, entretanto, não deve ser fácil. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM), articula para dificultar a indicação. O advogado-geral, entretanto, conta com o apoio de organizações religiosas como Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) e da bancada evangélica.

O advogado-geral precisa de 41 votos dos 81 senadores para ser aceito como o novo ministro “terrivelmente evangélico” do STF. Placar montado pelo jornal O Estado de São Paulo aponta que ele contava até a última segunda-feira (19) com 26 votos.