Disputa interna

Liminar garante reintegração de posse da sede do Pros a Eurípedes Júnior

A justiça concedeu ao presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, a reintegração de posse da…

Eurípedes Júnior, presidente nacional do Pros e filho da prefeita de Planaltina. (Foto: reprodução/Facebook)
Eurípedes Júnior, presidente nacional do Pros. Foto: reprodução - Facebook

A justiça concedeu ao presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, a reintegração de posse da sede do partido, localizada no Lago Sul, em Brasília. A decisão tem caráter liminar e é mais um capítulo da disputa interna da legenda. De acordo com o documento, os ocupantes tem 48 horas para desocuparem o imóvel.

De acordo com o advogado do Pros, Bruno Pena, o que houve foi uma tentativa de golpe. No meio da disputa, ainda de acordo com Bruno, a sede foi ocupada por integrantes do partido que não reconhecem a legitimidade de Eurípedes enquanto presidente.

“A decisão não discute o afastamento [de Eurípedes], até porque ele nunca foi afastado. Qualquer pesquisa de certidão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirma que o goiano permanece na função. A questão é que eles estavam ocupando a sede”, esclareceu.

Bruno afirmou ainda que o golpe foi orquestrado por pessoas ligadas à comunicação do partido e que, por esse motivo, as redes sociais teriam anunciado a destituição do presidente. “Já recuperamos o controle de todas as redes sociais e do site. Tanto o Facebook quanto o Instagram reconheceram que estamos corretos”, complementa.

Disputa interna no Pros

No dia 11 de janeiro, uma nota publicada no Facebook da legenda afirmava que a executiva nacional do Pros havia decidido destituir seu presidente Eurípedes por uso indevido de recursos de fundos da legenda. O texto afirmava também que a medida foi tomada em uma reunião do diretório nacional da sigla na sede do partido. Na ocasião, Marcos Holanda teria assumido o cargo de presidente.

“Por unanimidade, os membros do Diretório Nacional aprovaram as medidas disciplinares previstas no Estatuto, diante das graves denúncias de irregularidades praticadas pelo ex-presidente, Eurípedes Júnior, que foi acusado reiteradas vezes, de desvio dos recursos do Fundo Partidário, Fundo Eleitoral e lavagem de dinheiro”, informa a nota.

Apesar do anúncio, a bancada congressista da sigla em Brasília reconheceu a vigência do mandato do político. Membros do partido no Congresso Nacional alegam ainda que ato foi tentativa de golpe, já que houve desrespeito ao estatuto da agremiação, sem lastro jurídico.

Os três líderes do partido no Senado e na Câmara Federal dos Deputados, Telmário Mota, Toninho Wandscheer e Acácio Favacho, respectivamente, assinaram uma nota publicada no site oficial do partido em que reconhecem Eurípedes Júnior como presidente.

No texto, eles alegam que “houve clara tentativa de golpe partidário, sem lastro jurídico ou atenção ao estatuto da agremiação”. Os políticos citam ainda que a destituição, que demonstra importunação institucional, foi gerada por pessoas que não apresentam qualquer poder decisório ou estatutário para se proclamarem dirigentes partidários.