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Lula sobre anistia a Bolsonaro: ‘Pode ficar certo de que eu vetaria’

"Pode ficar certo que eu vetaria”, disse Lula, reforçando que a decisão inicial cabe ao Congresso

Lula diz que vetará anistia a Bolsonaro se Congresso aprovar "Pode ficar certo que eu vetaria”, disse Lula decisão inicial cabe ao Congresso
Foto: Reprodução/Band

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vetaria a proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso o Congresso Nacional aprove um projeto de lei que tramita no Parlamento e que pode ir a votação nos próximos dias. “Se viesse pra eu vetar, pode ficar certo de que eu vetaria”, disse o petista.

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Pressão no Congresso e condenação de Bolsonaro

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve pautar ainda nesta semana o pedido de urgência para votação da proposta. Do outro lado, Lula tenta se distanciar da disputa, afirmando que o tema “é um problema do Congresso”.

Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado entre 2021 e 2023. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde agosto, por descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Veto pode ser derrubado

Mesmo que Lula vetasse a anistia a Bolsonaro, o Congresso tem poder para derrubar o veto presidencial. Além disso, ministros do STF já sinalizaram que esse tipo de medida poderia ser considerado inconstitucional, o que pode levar a nova disputa jurídica.

Críticas à PEC da Blindagem

Na entrevista, Lula também criticou a chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara e que restringe a abertura de investigações contra parlamentares. O petista disse que votaria contra a proposta se fosse deputado. “A maior blindagem que as pessoas precisam é ter um comportamento sem cometer ilícitos na vida”, afirmou.

Relação com os EUA e críticas a Trump

Às vésperas da Assembleia Geral da ONU, Lula criticou o tarifaço imposto por Donald Trump contra o Brasil e disse que o republicano não demonstra abertura para diálogo. Apesar disso, afirmou que estaria disposto a cumprimentá-lo caso se encontrem em Nova York.

“Sou cidadão civilizado. Converso com todo mundo. Eu nasci na vida política negociando. Então, pra mim não tem nenhum problema”, disse o presidente.

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