INTOLERÂNCIA

Manuela D’Ávila fala sobre agressões e diz que filha de 5 anos recebeu ameaças de estupro

A ex-deputada federal e candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições presidenciais de 2018, Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) usou…

"A violência política está cada vez mais intensa", escreveu a ex-deputada gaúcha nas redes sociais (Foto: reprodução/redes sociais)

A ex-deputada federal candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições presidenciais de 2018, Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) usou as redes sociais para desabafar sobre a violência na política e denunciar ameaças de estupro que sua filha, Laura, de 5 anos, recebeu. Ela conta que também foi ameaçada de morte, após o pai de um aluno da escola da menina, tirar uma foto e vazar em grupos de WhatsApp.

“Ontem à noite, em um debate, me perguntaram se eu não sinto vontade de desistir. Sim, eu sinto. Todos os dias. Ao contrário do que muitos pensam, a violência política está cada vez mais intensa. O último mês foi muito agressivo e me impactou muitíssimo”, comentou.

“Um pai da escola de Laura (cuja identidade conhecemos o que torna tudo ainda mais cruel) tirou uma fotografia de Laura e a entregou para os grupos que distribuem ódio nas redes. A partir disso, todo o submundo da internet passou a usar a imagem dela para nos agredir”, contou a ex-deputada federal.

“São muitos anos de violência. Como vocês sabem, quando Laura ainda era um bebê de colo, foi agredida fisicamente em função de uma mentira distribuída amplamente na internet. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram”, revelou.

“Mas nenhuma jamais havia envolvido sua escola e algum pai de colega. Foi devastador lidar com isso. Ver a imagem sendo usada por toda essa gentalha que vive as nossas custas, diz que é político e só faz o mal, foi uma violência imensa”, desabafou.

Manuela também afirmou que dias depois chegaram ameaças. “Poucos dias depois chegaram as ameaças de estupro para ela (que tem cinco anos!!!) e nova ameaça de morte para mim. A Polícia já acompanha o caso. O que é evidente que não diminui o medo, a tristeza, a culpa por ver as pessoas que mais amo submetidas a essa gente inescrupulosa”, relatou.

“São anos vivendo assim. A gente mal toma ar de uma agressão e vem a próxima. Mas quando a gente respira a gente lembra que tem um mundo pra mudar. Que tem um genocida no governo. Que tem mãe enterrando filho e filho enterrando mãe. Que tem criança trabalhando. Se todos os dias tenho vontade de desistir, todos os dias me lembro das imensas razões que temos para continuar”, concluiu.