MBL realiza congresso com Arthur do Val e Kim Kataguiri em Goiânia
Evento acontece neste sábado e discute políticas públicas e criação do partido do movimento
O Movimento Brasil Livre (MBL) realiza, neste sábado (5), o Congresso Estadual de Goiás, em Goiânia. O evento começa às 14h e acontece no no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
Durante o evento, que segue até as 18h, participam lideres do movimento, como o ex-deputado estadual por São Paulo Arthur do Val, youtuber conhecido como Mamãe Fale, e o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).
De acordo com a organização, o evento visa discutir políticas públicas e também vai abordar a criação do partido. Coordenador do MBL em Goiás, Marco Berquó diz que a ideia é que a nova legenda seja criada ainda este ano.
No momento, o movimento discute estratégias para o tempo de coleta de assinaturas e o término. Desde junho, contudo, o grupo já se organiza para construção da sigla.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) explica que existem uma série de exigências para criação de um partido. Entre elas, 101 eleitores em 9 estados devem fazer o programa e estatuto. Há, ainda, a necessidade de apresentação a um cartório de registro civil de um requerimento das pessoas jurídicas.
Em seguida, deve ser publicado no Diário Oficial da União o programa e estatuto da legenda. Após esse passo, são 100 dias para dar a “notícia de criação” ao TSE, com o apoio de eleitores sem filiação em outras siglas.
Os eleitores que assinarão o documento deverão representar 0,5% dos votos válidos do último pleito para a Câmara dos Deputados, e estarem distribuídos em um terço dos entes federativos (nove estados ou oito estados e o DF), representando 0,1%, no mínimo, do eleitorado de cada uma dessas unidades. Com isso em mãos começa-se o registro de partido político nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e, por fim, no TSE.
Arthur do Val
O ex-deputado Arthur do Val sofreu uma agressão em um protesto contra violência policial em São Paulo, nesta semana. No local, ele questionava manifestantes o motivo pelo qual estavam ‘se comovendo com bandidos, e levou o soco e ouviu gritos de “estuprador” e outras ofensas.
Os presentes protestavam contra violência policial no Guarujá que culminou na morte de 16 pessoas. Em cinco dias de ação, a polícia prendeu 128 pessoas no litoral paulista. A ação teve início em 28 de julho como resposta ao assassinato do PM Patrick Bastos Reis.
Do Val, posteriormente, comentou o caso. Ele rechaçou as acusações de “estuprador” e disse que o homem já o ameaçava desde que ele chegou. Segundo ele, que debochou do soco, não revidou, pois “não estava lá para isso”.
Já sobre a cassação, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu pela perda do mandato e inelegibilidade por oito anos em maio do ano passado. Vale lembrar o parlamentar teve áudios divulgados no mês se março de 2022 em que disse a amigos que mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. O caso repercutiu por todo o País e ele chegou a desistir de disputar o governo de São Paulo.
Na época da renúncia, Arthur disse ter sido vítima de um processo parcial na Alesp e que o amplo direito de defesa “foi ignorado pelos deputados, que promovem uma perseguição política”.