Mesmo sem ser alvo, prefeito se manifesta após operação sobre licitação da Câmara de Aparecida
Vilmar Mariano entende o trabalho da polícia, mas diz "que não haveria necessidade das buscas e apreensões, porque todos os citados sempre estiveram a disposição das autoridades"
A Operação “Dose Dupla” cumpriu mandados de busca em apreensão contra 15 alvos, entre eles o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (Patriota), e o secretário de Desenvolvimento Urbano, Davi Mendanha. A ação investiga irregularidades na licitação e na execução da obra da nova sede da Câmara Municipal, iniciada há cerca de 4 anos. A data abarca período em que o atual prefeito, Vilmar Mariano (MDB), presidia a Casa. Apesar de não ter sido alvo das autoridades, nesta quinta (19), ele emitiu um comunicado.
Segundo Vilmar, a Câmara funcionava “em um acanhado prédio no Centro histórico” até a chegada dele à presidência, em 2017. “Como presidente da Câmara, Vilmar Mariano, modernizou o Poder Legislativo mudando provisoriamente a sede para um local mais amplo, que desde então recebe a todos com mais dignidade – atual sede do Parlamento municipal. Em ato contínuo iniciou a construção da sede definitiva. A contratação da empresa ocorreu em processo transparente e com lisura total”, esclareceu.
O prefeito afirma, também, que sempre esteve à disposição dos órgãos de controle da administração pública e respeita o trabalho de todos, “mas entende que não haveria necessidade das buscas e apreensões realizadas nesta quinta-feira, 19, porque todos os citados sempre estiveram a disposição das autoridades e, sobretudo, porque o processo de construção da sede própria da Câmara de Aparecida ocorreu com lisura total”.
Envolvidos
Por meio de nota, Davi Mendanha informou que sempre esteve “à disposição das autoridades para esclarecer qualquer ato público que tomei à frente da Procuradoria Geral da Câmara Municipal de Aparecida, entre 2017 e 2020, e também como secretário municipal de Desenvolvimento Urbano porque pauto a minha atuação no setor público pelos princípios constitucionais da legalidade, moralidade, eficiência”.
E ainda: “Em relação ao fato investigado pela Polícia Civil, não há qualquer irregularidade na execução das obras da nova sede da Câmara, no período em que trabalhei como Procurador Geral do Poder Legislativo, estou tranquilo e provarei isso no decorrer das investigações.” Ele teve documentos apreendidos.
Já Gustavo, que teve dois computadores apreendidos, explicou que os equipamentos são dos filhos e estavam estragados. Além disso, relatou que a operação causou “estranheza”, uma vez que não era presidente da Câmara, à época dos fatos investigados.
“Me causa estranheza e indignação de alguma forma. Sempre me coloquei à disposição da população e dos órgãos de segurança pública para dar quaisquer explicações, se necessário”, pontua. “Acredito que foi um erro processual”, define ao ser questionado o porquê da operação.
Nota do prefeito Vilmar Mariano:
“A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia funcionava até a chegada de Vilmar Mariano, em 2017, à presidência do Poder Legislativo municipal em um acanhado prédio no Centro histórico. Várias cidades de Goiás, menores que Aparecida, contavam com prédios melhores que a sede do Poder Legislativo da segunda maior cidade do Estado de Goiás.
Por isso, como presidente da Câmara, Vilmar Mariano, modernizou o Poder Legislativo mudando provisoriamente a sede para um local mais amplo, que desde então recebe a todos com mais dignidade – atual sede do Parlamento municipal.
Em ato contínuo iniciou a construção da sede definitiva. A contratação da empresa ocorreu em processo transparente e com lisura total.
Com quatro mandatos de vereador – sendo presidente da Câmara, entre 2017 e 2020 – , vice-prefeito e agora prefeito de Aparecida, ou seja, como homem público, Vilmar Mariano sempre esteve à disposição de todos órgãos de controle da administração pública e respeita o trabalho de todos, mas entende que não haveria necessidade das buscas e apreensões realizadas nesta quinta-feira, 19, porque todos os citados sempre estiveram a disposição das autoridades e, sobretudo, porque o processo de construção da sede própria da Câmara de Aparecida ocorreu com lisura total.“
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