Motta defende atuação do STF após ação da PF nesta sexta, mas fala em evitar ‘exagero’
"Maior parte da destinação dos recursos é correta", garante o presidente da Câmara
Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) defendeu o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (19), após operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) que teve como alvos os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) por suspeita de desvio de cota parlamentar. Segundo ele, contudo, “quando há exagero, isso é ruim para o país”, pois “a maior parte da destinação de recursos é correta”.
“Claro que, quando a gente tem um colega que é alvo de qualquer ação do Judiciário, seja ela qual for, não ficamos felizes com isso […] Mas o Poder Judiciário está cumprindo o seu papel, e nós não vamos estar aqui defendendo aquilo que não se pode defender”, disse Motta a jornalistas. Ainda segundo ele, é preciso “separar o que é correto do que é exagero”.
“Essa linha precisa ser estabelecida”, disse e continuou: “Se há suspeita de que algum parlamentar não agiu corretamente, tem que investigar mesmo. Mas essa linha precisa ser estabelecida, porque quando há exagero, isso é ruim para o país. Respeitamos o papel do Supremo, não temos compromisso com o que é incorreto, mas a maior parte da destinação dos recursos é correta. Como presidente da Câmara, meu papel é acompanhar para que exageros não sejam cometidos. E o diálogo nesse sentido é o melhor caminho.”
Após a operação desta sexta-feira, Jordy falou em “perseguição”, enquanto Sóstenes disse não ter nada a temer.
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