Mudanças no secretariado por Rogério Cruz podem mexer na balança da Câmara

Os primeiros passos de Rogério Cruz (Republicanos) para acomodar o grupo ligado à sua sigla foi em uma pasta considerada chave para as relações entre Executivo e Legislativo: a Secretaria de Governo. No lugar de Andrey Azeredo (MDB), nome próximo a Maguito Vilela, o prefeito buscou no Distrito Federal, Arthur Bernardes (PSD), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. A mudança já consta no Diário Oficial do Município.

Diante da alteração, vereadores do MDB mostram certa apreensão sobre os rumos da relação entre o Paço e a Câmara. Andrey é um nome com força no Legislativo e Arthur Bernardes, um desconhecido. Esse desconhecimento dos vereadores pode mexer na base, que já se mostra próxima do limite para votações consideradas mais polêmicas.

Um exemplo é a abertura de Comissão Especial de Inquérito para investigar contratos de pavimentação asfáltica. O vereador Santana Gomes (PRTB) precisava de 12 assinaturas e conseguiu 17.

Alguns vereadores já se mostravam insatisfeitos com o que dizem ser excesso de espaço para suplentes e pouco para os eleitos.

Indagado, Rogério Cruz respondeu no Twitter que para fazer articulação “não é necessário conhecer pessoas e sim saber fazer política”.

Como você bem disse: "articulação", e para tal não é necessário conhecer pessoas e sim, saber fazer política.

— Rogério Cruz (@rogerioodacruz) March 17, 2021

Reforma

Outras mudanças são vistas como “inevitáveis” dada a pressão por reforma do grupo ligado a Rogério Cruz. Entre elas a saída de Marcelo Ferreira da Costa e ida de vereadora Valéria Pettersen (MDB) para Educação em Goiânia. Embora seja do MDB é um nome indicado pelo pastor Romeu Ivo, da Igreja Assembleia de Deus-Ministério Esperança.

A reforma também deve ocorrer na Cultura (Kléber Adorno Branquinho), Comunicação (Bruno Rocha Lima) e Comurg (Aristóteles de Paula Sousa Sobrinho).