Crimes virtuais

PC identifica suspeitos de crimes cibernéticos contra deputado Diego Sorgatto

A Polícia Civil (PC) identificou dois homens suspeitos de praticar crimes cibernéticos contra o deputado…

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Foto: Reprodução

A Polícia Civil (PC) identificou dois homens suspeitos de praticar crimes cibernéticos contra o deputado estadual Diego Sorgatto (PSDB). Marco Aurélio da Silva Conceição, vulgo Jenjulão, e Romero Alves Diniz são apontados pela corporação como responsáveis por dois perfis falsos no Facebook para divulgar mensagens ofensivas e contra a honra do parlamentar por diversos meses.

Conforme expõe a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), a identificação foi possível após análise de logs de acesso a perfis da rede social. As investigações apontaram que os suspeitos usavam dois perfis com o nome de “Junior Lapada” para cometer o crime.

As apurações mostraram, ainda, que os suspeitos são filiados a partidos políticos rivais e “certamente agiram motivados para denegrir a imagem da vítima”. Ambos são moradores de Luziânia, cidade a qual também pertence o deputado estadual Diego Sorgatto. Os partidos políticos aos quais eles pertencem não foram revelados.

Queima de celular

Familiares de Jenjulão afirmaram à Polícia que o homem queimou o aparelho celular após ser intimado para prestar esclarecimentos. A ação, porém, não atrapalhou as apurações policiais, “restando somente o prejuízo financeiro para o próprio investigado, já que, além de ser apontado como autor de diversas postagens, o suspeito deverá adquirir novo aparelho”, de acordo com a PC.

O Mais Goiás tentou contato com o deputado e aguarda retorno. Nas redes sociais, Jenjulão se defendeu das acusações e disse que a Justiça será feita. “Fomos intimados apenas para prestar esclarecimento e já julgaram que somos os responsáveis. Tantos casos de homicídio, tráfico de drogas, peculato não são solucionados com facilidade e agora resolveram esse crime em um dia. É muito estranho”, disse em vídeo.

Na filmagem, o homem mostra um celular e afirma que não queimou o aparelho como a polícia informou. “Está aqui o celular que eu usava até outros dias. Ele está com a tela trincada, mas quem quiser comprar está aqui”, brincou. Por fim, o suspeito disse estar totalmente tranquilo pois “quem não deve não teme”.

Alerta

A corporação alerta que possui meios de identificar a autoria de crimes virtuais, mesmo quando postagens são realizadas de forma anônima e por meio de perfis fraudulentos. A Polícia deve intensificar as ações em razão das eleições municipais em 2020, já que “a publicação de fake news com finalidade política tem se tornado cada dia mais corriqueira”.